Na manhã fantástica de primavera que fez neste domingo, com um solzinho maravilhoso e uma temperatura a rondar os 20 ºC (graus célcius), aí fui eu para mais uma aventura ligada às motos.
Desta vez o objectivo era experimentar uma moto de enduro.
O convite surgiu pelo MCP, que resolveu, em conjunto com a KTM Porto, efectuar um test-drive das suas cabras no seu terreno de eleição, ou seja, no monte.
O local escolhido foi a Sra. do Salto, entre Aguiar de Sousa e Recarei, Paredes. É uma localização excelente para este tipo de actividade motorizada, e não só. Quando lá cheguei, eram 10:15, estava a decorrer uma prova de BTT, muito bem organizada, com muita assistência de bombeiros, polícia, Cruz vermelha...
Mas este não era o motivo da minha presença, lá em baixo, junto ao rio Sousa.
A hora marcada para a arrancada do primeiro grupo estava marcada para as 10:30 mas, como até já estava à espera, só começamos às 11:30. Nada de muito anormal ;-)
Mas também não havia qualquer problema. Ninguém estava com muita pressa. O ambiente, como sempre, estava muito agradável, de um convívio salutar entre os sócios do MCP e os homens da KTM.
As cores das motos e dos restantes elementos de propaganda da marca prestavam um colorido bonito ao local, já de si muito atraente em termos paisagísticos.
Só é pena (muita pena!) a poluição das águas do rio. É triste ver assim um rio destes, que em tempos tinha carradas de peixe, incluindo trutas. E os banhos que lá se tomavam de verão?
Será este o preço da nossa evolução industrial?
À procura de informação sobre o rio Sousa encontrei isto e isto, que achei interessante, embora por razões muito distintas.
Conduzir uma moto de enduro era uma coisa que há muito tinha ideias de experimentar e agora surgia a oportunidade.
Uma KTM 250 a dois tempos. Uma verdadeira cabra dos montes !-)
Com uma Transalp tem muito pouco a ver: tem duas rodas, guiador, travões... mas passa pouco disso. A forma de condução é mesmo totalmente diferente.
Primeiro, para a pôr a trabalhar, não tem um botãozinho... tem um kicks (será assim que se escreve?), duro duro!! Só para a pôr a trabalhar já cansa ;-)
Embora muito mais pequena e muito mais leve que a Transalp, é muito mais alta. Chegar ao chão com os dois pés está fora de questão...
As velocidades, surpreendetemente, são muito macias de meter. Muito macias! Só têm um problema: conseguir encontrar o ponto-morto. Passava directamente de 1ª para 2ª...
Os travões já confirmaram as expectativas: o da frente trava bem mas o de trás nem por isso. De qualquer forma revelaram-se muito bons na utilização de enduro. A descer os corta-fogos basta apertar um pouco a manete para ter o controlo da moto.
Depois de umas voltinhas em volta do ponto de encontro, lá partimos nós, um grupo de 7 ou 8, incluindo o guia e o "vassoura".
Uma das zonas mais complicadas era logo na partida. O trilho em torno da capela encontra-se em muito mau estado (ou bom ;-) e o pessoal com menos experiência nestas coisas "atascou" logo. Não, eu não atasquei...
O problema aqui é que a moto não anda a baixa rotação, e não se consegue fazer os trilhos a muito baixa velocidade. É preciso acelerar sempre, e confiar que a moto passe.
E passa!! Como já disse, aquilo é uma verdadeira cabra. Parece uma bike de BTT, mas com um motor explosivo.
Mas depois de parar o mais certo é deixá-la ir a baixo e depois é preciso voltar a pô-la a trabalhar... e isso não é pêra doce!
Então se encharcar (basta acelerar com o motor parado) está o caldo entornado... pois nunca mais pega ao kicks. Vi acontecer a dois "pilotos" terem que a passar para o nosso guia para a voltar a pôr a trabalhar, mas a descer.
A moto que usei é a KTM que aparece em primeiro plano na foto seguinte. Tem um lagarto pintado no guarda-lamas da frente.
Para estranhesa minha não eram só KTM que lá andavam... Mas eu fiz questão de testar uma bicha destas, já que era para isso que lá estava ;-)
Claro que não apareço nestas fotos, até porque, e como sempre, foi eu que as tirei!
No final dos cerca de ... 5 km (?) o pessoal estava todo roto!!
Aquilo cansa imenso!
É preciso estar numa boa forma física para aguentar.
Na teoria, deveria-se andar descontraído em cima da moto, mas na prática, sem a necessária experiência de condução, é muito difícil de o conseguir e tenta-se segurar sempre a moto, para não a deixar dar os coices que ela quer ;-)
Foram precisas duas garrafas de água e meia hora de descanso para aplacar o cansaço e o suor.
Oh-oh!!!
Como conclusão da experiência, posso dizer que gostei.
Muito!
Se possível, ou quando possível, vai ser uma experiência a repetir, talvez nuns moldes ligeiramente diferentes. Mais distância, e sem aquela permanente "filinha pirilau", que permita esticar um pouco mais.
Desta vez só meti uma vez a terceira...
2 comentários:
Olá Joaquim
Parece que gostaste da experiência com moto de enduro...realmente é muito diferente que andar na Transalp...já tive uma Yamaha 125 de enduro e adorei a experiência mas a preparação é fundamental pois o esforço é muito....parabéns pela tua aventura e pelas fotos....Ah! obrigado pelo link do "N" no teu blog.
Carlos
Fico pela paisagem da Natureza, que parece excelente.
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