30 junho 2008

Marchas de Santo António - 1

And finally, the promised picture selection on the Saint António's off-road raid, last June 14th.
Somewhere on the mountains, south of Braga city, ...

Ok, ok, em português ;-)

Passeio organizado pelo António Esteves, do Clube Audio TT, começou com um encontro na Quinta do Paço, pertença do próprio António, a alguns quilómetros a sul da cidade de Braga.


A ideia era fazer apenas alguns, poucos, quilómetros por terra, que serviriam de aquecimento para a sardinhada do final da tarde.
Juntamente com os carros, desta vez seguiram duas moto 4, uma delas bem pequena e de baixa altura ao solo, que teve alguma dificuldade em passar em alguns sítios mais complicados.


Um dos problemas dos passeios pelo monte nesta altura do ano é o pó.
Mesmo tendo chovido uns dias antes, o muito pó que se fazia sentir depois da passagem dos carros dificultava a visibilidade. Em alguns casos tive mesmo de parar pois a visibilidade estava reduzida a apenas 3 ou 4 metros...


Mas eis que começam as verdadeiras dificuldades ;-)
Para começar, uma subida a um marco geodésico que apresentava, nos últimos metros, além de uma forte inclinação, uns degraus de pedra.
Nada que o Grande Pinin não superasse, como se pode ver pelo filme já postado anteriormente. :-)

É sempre animado ver a passagem dos vários carros nestes pontos. Verificar a maior ou menor facilidade demonstrada pelos vários "pilotos" de ocasião, ou pelos seus carros, em ultrapassar os obstáculos. Há quem tente passar "assim", há quem tente passar "por ali", com "mais força", ou mais devagar.
A ver o que os outros fazem aprende-se muito!!


Por mim, além de ver gosto de o registar em "filme".
Já percebi que é extremamente difícil mostrar em imagens, quer fixas, quer móveis, a dificuldade do terreno.

Para já, ando a evoluir a minha técnica ;-)


A foto seguinte parece-me a que melhor retracta a dificuldade: a enorme pendente.
No entanto, se fosse filmado, já não pareceria nada....
É que o carro em questão é de "outro campeonato", estando completamente equipado para o trial e para competição.
"Assim não vale!" :-)

Continuação a seguir...

27 junho 2008

Big Trails on the move

Afastado das still, mantenho-me nas moving pictures.
No entanto, passo agora das quatro para as duas rodas.
É uma tal versatilidade... que até a mim me assusta ;-)

No passado fim-de-semana o destino foram as serras entre Valongo e Melres. Melres é uma vilazinha agradável, bem recostada ao rio Douro, meu antigo destino de... pesca.
Num passeio organizado pelo Moto Clube do Porto, fui mais uma vez pôr à prova a minha condução no monte com a Transalp.
Não correu mal, pelo contrário, mas foi uma "surra" de todo o tamanho :-O, a segunda em apenas 4 dias...
A primeira foi oferecida pela Cátia, musculada senhora de olhos verdes.
Mas sobre isto... talvez outro dia... :-)

26 junho 2008

Quinta do Paço em acção

E enquanto não há maneira de me decidir a fazer as várias selecções fotográficas necessárias para a publicação, aqui fica o filme do passeio TT, registado pelo António Esteves e apresentado no seu blog.



"Beijum, beijum, a ganda máquina em acçãum"

20 junho 2008

De patinha no ar

Esta semana, para variar, passou a voar...
Ainda não deu para uma compilação mais completa sobre o short passeio de sábado passado, realizado com os amigos do Clube Audio TT, mas, para já, mais umas amostras:
os azuis estavam com tendência para levantar as patinhas!
;-)

16 junho 2008

Não resisto!

É que não consigo resistir mesmo!
Mesmo apertado de tempo, tive que olhar para as fotos do fim-de-semana.
Para já, apenas um cheirinho da excelente tarde e noite que passamos na Quinta do Paço, lá para os lados de Braga.
Duas fotos, escolhidas pelo aspecto dos thumbnails... ;-)


Mas há-de aparecer a crónica do dia.
Mais tarde...

11 junho 2008

Portugal Lés-a-Lés 2008 - o regresso

No dia do regresso já consegui acordar (muito ... ;-) mais tarde.
Deixei as 5 e acordei apenas às 6 horas. Já o sol iluminava as nuvens que pairavam sobre o mar calmo do sudoeste algarvio.

Mais uma vez, o primeiro impulso foi para o click...


... e para a confirmação se as bichinhas tinham passado bem a noite.

Sim, lá estavam elas, acompanhadas por mais umas 20, que entretanto tinham chegado para pernoitar no mesmo hotel.


O pensamento do dia estava totalmente voltado para o "regresso a casa" e para o rever da família, que se é obrigado a deixar para trás. É que se à partida até não sabe nada mal (admito ;-), ao fim de 3 dias a saudade aperta...

E, da mesma forma que durante o percurso do Lés-a-Lés a diferença de andamento entre a XL e a XR tinha provocado a necessidade de "liberdade", no regresso por autoestrada ainda seria mais crítico.
Assim, e por comum acordo, os EnduróTrail separaram-se logo após o pequeno almoço. A mais pequena XR partiu mais cedo, depois de um recomendado ajuste da tensão da corrente.
Objectivo: chegar ao Porto apenas pela estrada nacional, o que representaria uma verdadeira terceira etapa do Lés-a-Lés, com mais de 600 km...

Com desejos de "- Boa-viagem!" para ambos, lá nos despedimos.


Fazer 600 km seguidos, mesmo por autoestrada, não é pêra doce. Pelo contrário, é uma seca.
Este é sempre o sentimento à partida!

E antes dela, uma despedida fotográfica da praia de Salema, naquela muito agradável manhã de final de Maio.


Não parece (nada...), mas uma hora e meia antes destas fotos terem sido tiradas tinha caído um aguaceiro "daqueles", pesadíssimo!...
Ao contrário de muitas das praias da nossa costa, esta já tinha nadador salvador a postos. Aqui vai ele, a caminho de mais um salvamento ;-)


9:30 e aí vou para “cima”:
Salema; N125 até Lagos; A22 (Via do Infante); A2 (IP1) – meti gasolina na área de serviço de Almodôvar; A13 (IC11 e IC3) – meti gasolina na área de serviço de Salvaterra de Magos; IC10 (à passagem por Santarém); A1 (por apenas 500 m...); A15 (IP6); A8 (IC1); A17 (continuação da IC1); A25 (IP5) – tive que “suar” um pouco para chegar à área de serviço de Aveiro. Já ia nos fumos... A A17 está completa mas não tem áreas de serviço. Mesmo assim, prefiro, por muito, utilizar esta alternativa à A1, pela serenidade com que se consegue rolar; A1 (IP1) – até Estarreja; A29 (IC1); A20 (IP1) – passagem pelo Freixo; A20 (IC23 - VCI); A3 (IP1); A41 (IC24); Casa, às 15:45.
Com a atenção necessária para percorrer todas estas estradas, de "seca" a viagem não teve nada.

Foram 636 km de percurso, perfeitamente nas calmas, como atestam as seis horas e um quarto de viagem, contando com as três paragens para reabastecimento e uma para comer qualquer coisa.
Foi um tirinho! ;-)


A máquina merecia descanso!
Não deu qualquer problema, nenhum susto, nada.
Da outra vez, em 2005, o cabo de retorno do acelerador tinha partido (no engate do punho), provavelmente devido a uma montagem defeituosa. Mesmo assim, permitiu fazer todo o percurso sem precisar de assistência.
Desta vez, zero falhas.


Para terminar, vamos a contas:
Inscrição no Lés-a-Lés: 125 €
Gasolina:
Gasto total: 109,8 €
Média total: 5,48 l/100 km
Média mínima (zona norte, antes de Coimbra): 4,57 l/100 km
Média Máxima (autoestrada, claro!): 7,67 l/100 km
Portagens de autoestrada: 39,3 €
Alojamento (apenas a minha parte - metade dos quartos): 75,4 €
Refeições (um almoço, um pequeno-almoço e... cafés): 12,3 €

Gastos totais: 360,8 €

Se a este valor ainda somar os componentes de desgaste da moto (pois sempre são 2000 km...) o valor chega, em números redondos, aos 400 euros.
Visto assim até pode parecer um valor um pouco puxado, mas valeu a pena.
Ah, se valeu!

10 junho 2008

Portugal Lés-a-Lés 2008 - o relato - 9

Depois das valentes curvas da serra com o mesmo nome, Monchique estava marcada como ponto de paragem para reabastecimento.
E se para mim era "a" paragem, para o José Luís era a 3ª do dia, dada a pouca capacidade do depósito da XR. Desta vez teve ainda que acrescentar algum óleo.
A Transalp, essa, continuava em plena forma, sem qualquer problema a reportar.


Já cheirava a praia...
O mar via-se de longe e as tabuletas já há muito que marcavam a proximidade do canto mais ocidental deste Algarve mas, para chegar a Sagres ainda havia que percorrer mais uns longos quilómetros...

Os últimos postos de "picagem" ficavam bem perto do mar, e melhor ainda, em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
Mais uma zona muito agradável para uma calma visita, longe do típico rebuliço dos veraneantes algarvios. Estradas estreitas, no meio de uma vegetação rasteira, onde mais uma vez me senti inebriado pelos aromas.
Com o sol a presentear-nos neste final de tarde, e ainda antes de passarmos às mais isoladas praias de Boca do Rio, Zavial e Ingrina, passamos mesmo em frente ao hotel que tínhamos marcado para essa noite, em Salema (já em Coimbra tinha acontecido a mesma coincidência...).


É desta... chegamos a Sagres.... Não. Ainda não.
Ainda faltavam umas últimas curvas e uns últimos troços de terra por entre algumas aldeias mais isoladas e mais típicas (será que isso ainda existe?).

É agora? Sim, chegamos!!
Mesmo em frente ao forte de Sagres, pôr do sol, com o cabo de São Vicente ao fundo. É que não podia ter acabado com melhor cenário!


Senti uma sensação de concretização, como se realmente tivesse feito alguma coisa de grandioso. Afinal, tinham sido mais de mil difíceis quilómetros e mais de muitas curvas...

E aqui estávamos nós, à hora exacta, com o palanque da chegada à vista.
O speaker a dar os parabéns a todos, principalmente àqueles que lá chegavam com pequenas máquinas, com motores de 50 cc. Isso sim, deve ser uma aventura a sério!...


Um desses grandes aventureiros, o Osvaldo, que todos os anos participa nesta "grande maluqueira" (como lhe chamei logo no início deste relato). Este ano, com uma Vaca com Halibute (Yamaha FS 1) foi o primeiro a chegar a Sagres, totalmente dentro do tempo. Pena o seu companheiro de sempre, o Torcato, não ter chegado sequer a Bragança, fruto de uma queda na viagem... As melhoras para ele!


Subimos o palanque, tiramos a foto oficial, descemos e recebemos o diploma de participação, juntamente com uns "recuerdos".
Um que gostei muito foi o livro "Motos - A paixão em segurança" de Paulo Noivo. Estou a lê-lo, com atenção, e a verificar que o gostava de o ter lido há uns anos... quando comecei a andar de moto. Já vai um pouco tarde mas ainda assim dá para aprender umas coisas.

Jantámos e rapidamente nos fizemos à estrada para voltarmos a Salema. O azimute estava agora traçado para... a cama.
O quê? Não há festejos, lançamento de fogo preso ou semelhante??
Eu sei, parece estranho, mas o descanso era merecido e muito necessário.
Mas há sempre tempo para uma última fotografia: praia de Salema à noite.


Fica apenas a faltar o regresso...

07 junho 2008

Portugal Lés-a-Lés 2008 - o relato - 8

A interromper os estradões de terra esteve o lanche. E, por alguma razão organizativa que não cheguei a entender, para obter esta refeição era preciso entregar uma senha em troca da sande mista, maça e garrafa de água. Seriam os aldeões alentejanos pouco conviáveis? Não me parece!

Curiosamente, foi nesta paragem onde a Transalp esteve mais perto de tombar... O asfalto onde estacionámos era tão fino que o descanso entrou terra dentro. Por sorte, houve quem tivesse reparado e, antes que acontecesse, chamado a minha atenção. Mais ainda, foram logo buscar uma pedra para colocar por baixo (na foto).
Este pessoal é impecável! Obrigado!


E assim continuamos, em direcção ao ponto quente da tarde..., do dia..., do Lés-a-Lés inteiro...
Primeiro, nova "picagem", antes da passagem a vau pela ribeira do Torgal, pequeno afluente do rio Mira (que desagua em Vila Nova de Mil Fontes, umas das várias titulares a Princesa do Alentejo ;-)

As meninas do MCP sempre em grande! Aqui, enquadradas com umas florzinhas azuis, como merecem ;-)


As travessias a vau são sempre um dos pontos mais temidos destes passeios. Para os perto de mil motociclistas que compôem a caravana, este é o tipo de condução menos praticado e que, naturalmente, causa maiores dificuldades.

Grandes filas se juntavam para ver passar os outros.
Ou seria para os ver tombar? :-)


Mas a passagem a vau não era a maior dificuldade...
Embora com umas pedras soltas pelo meio, era relativamente estreita e até havia uns sapos dentro de água para ajudar. Pode ter sido por sorte (ou por azar ;-) mas não vi ninguém ter problemas nesta travessia.
Vi foi o sapo levar um banho daqueles, de uma Tiger mais atrevida...


O grande problema estava à espera logo a seguir. Um lamaçal de primeiríssima água ;-)
E aqui não resisto a transcrever o texto da notícia publicada no site da Federação Nacional de Motociclismo:

"... os elementos do Moto-Emergência tiveram o maior trabalho de todo o Lés-a-Lés… ajudando a levantar motos tombadas nos traiçoeiros poços de lama existentes logo à saída da ribeira. E chegaram à conclusão que a preparação física dos participantes está longe de ser olímpica, registando inúmeros casos de extremo cansaço, chegando mesmo à exaustão. ..."

Estes não estavam assim tão exautos.
Oh pra eles todos felizes por estarem prestes a chafurdar :-)


Vou? Não vou?
Sim, foi e... caiu. Uma Dominator vermelha, que me fez lembrar imediatamente de uma outra que conheço, que também gosta de tombar (... :-), não se sentiu suficientemente confiante para passar uma das piores poças. É que isto é (quase) apenas uma questão de confiança!
Este foi o único que vi tombar, mesmo à minha frente.

Curiosamente, ou talvez não, passei totalmente "na boa"!! O treino dos últimos passeios para Trails do MCP deram-me um à vontade que me permite actualmente brincar nestas passagens mais complicadas.
Não chego a Dakar, como o Paulo Marques, mas acredito que já deve dar para passar do Alentejo :-)


Mais à frente, já a passar por Odemira, e enquanto esperava pelo meu companheiro de equipa (que afinal não estava para trás, mas para a frente...) vi muita gente parada nas primeira estações de serviço a lavar equipamento: botas, calças, luvas...


A entrada no Algarve fez-se ao atravessar a ribeira de Seixe, a tal que desagua na Praia de Odeceixe. Esta é também uma zona que me deixou boas lembranças.

Primeiro, a estrada municipal, de São Teotónio até aqui, que percorre a serra da Brejeira, com uns aromas que ficaram registados na memória (ao procurar informação na web sobre esta serra descobri isto, que justifica o porquê dos bons aromas locais e dos estrangeiros estarem a povoar estas localidades serranas isoladas ;-)

Segundo, pelo restante trajecto até Monchique. Umas curvas fantásticas onde puxei realmente pela máquina e onde devo ter abusado... talvez... um pouquinho.
Nada de mais!...


Neste "posto de picagem" de tarjetas também não registaram os adiantados (não foi em todos que isto aconteceu). Daí, um ajuntamento de algumas dezenas de participantes.

Nós esperamos cerca de 10 min, mas havia por lá gente que estava com quase 1 hora de avanço... Mas era um sítio agradável para esperar e estava sol!

06 junho 2008

Portugal Lés-a-Lés 2008 - o relato - 7

Só após termos passado por Grândola é que percebi o porquê de lhe chamarem vila morena: a cor da terra.
Tem um tom avermelhado, como de quem passou um dia no bronze.
Será?... ;-)


Primeiro um grande estradão, de muito bom piso, onde a organização pedia para não se ultrapassar os (1)70 km/h.
É que nem o Paulo Marques, campeãoníssimo das provas Trail, passou o limite. Tá bem, eu acredito...


E foi por aqui que comecei a utilizar a máquina fotográfica em pleno andamento.
Descobri depois que a qualidade das fotografias assim tiradas não ficou a melhor (...), mas apetecia captar todas aquelas paisagens, bem diferentes das que estou habituado a observar.
Além disso, os tempos do roadbook passaram, com a terra, a serem muito mais "esticados". É que nós, os EnduróTrail, rodávamos em terra à mesma velocidade que rodávamos em asfalto. Passamos, por esta altura, a estar ligeiramente à frente do tempo previsto...


Mas foi após este grande estradão que apareceu um dos caminhos mais deliciosos. Um troço de terra, às curvas, relativamente estreito e com um piso mais ou menos regular, que atravessava umas terras pacíficas e com um colorido muito bonito.


Aqui pelo meio, junto a mais um posto de "picagem", encontrei um simpático casal de holandeses, sentados em cadeiras de praia, junto ao caminho. Aproveitei, enquanto "fazíamos horas", para conversar um pouco com eles. Estavam reformados e passavam uns tempos em casa da filha, who lives just over there. Gostavam muito do Alentejo e vinham cá muitas vezes.
É que se estas terras estão a ser abandonadas pelos portugueses, estão a ser povoadas por holandeses e alemães... Vá-se lá perceber estas coisas!


Este foi, para mim, e logo a seguir aos dois miradouros sobre o Douro, o segundo lugar de eleição deste Lés-a-Lés.
Já tinha feito umas férias perto desta zona, em Odeceixe, mas na altura não penetrei por estes estradões. Pode ser que numa próxima...