21 junho 2007

Lés-a-Lés de 2005 - parte 2

Finalmente, e depois de várias interrupções e intromissões, a continuação do relato do meu Lés-a-Lés de 2005.



O almoço do primeiro dia foi em Figueira de Castelo Rodrigo, que se chega pouco depois de passar Vila Nova de Foz Côa.
Não fiquei a conhecer muito da Vila. De lá, tenho apenas duas memórias:
A primeira tem a ver com a localidade em si, que achei muito arranjadinha, muito agradável;
O segundo, tem mais a ver com a desorganização gerada pela comitiva…
Eu e o meu parceiro chegamos ao local do almoço à hora marcada no roadbook, como aliás vínhamos a fazer e mantivemos em todo o passeio: obedecer ao roadbook. Fizemos todos os pontos dentro de um intervalo que penso muito aceitável, de mais ou menos 15 minutos.
No entanto, percebi nesse almoço a maior pecha da organização: não conseguir controlar o pessoal que não liga nenhuma ao roadbook e faz o percurso “a abrir”. O problema é o amontoado de gente que se reune para estas refeições intermédias.
Lá conseguimos comer umas sardinhas assadas na brasa e uma fruta. Pelo menos estava tudo bom! ;-)



Nesta zona voltamos a apanhar uns estradões de terra.
Foi por aqui que comecei a ganhar alguma confiança a andar neste tipo de piso.
Foi também por aqui que começamos as várias travessias do rio Côa (julgo que sete...)

Algumas aldeias por onde se passa mereciam uma visita mais pausada tal a quantidade de motivos de interesse cultural e paisagístico.
Quem sabe numas próximas férias...


Almeida era mais uma localidade de que não tinha qualquer referência, mesmo sendo eu um Almeida :-)
Melhorei este aspecto, principalmente pela lembrança das suas fortes muralhas, muito bem conservadas, ao contrário do que costuma ser frequente...
A passagem por baixo das muralhas, por "aquela pequena entrada", foi um dos pontos altos.




E lá continuamos nós, por estradas e estradinhas.
Aqui algures entre Castelo Bom e Castelo Mendo, em mais uma das travessias do Côa e com a IP5 a passar-nos ao lado.

A visita a Castelo Mendo foi também muito interessante.
Sendo uma aldeia pequena, actualmente com apenas cento e poucos habitantes, apresenta como Almeida, umas muralhas muito bem conservadas e no seu interior o castelo.
A guardar a entrada, dois porcos de pedra.

19 junho 2007

Dedicação à ingrícula

Este movimento anda mesmo fraquinho...
Junho costuma ser o meu mês preferido do ano, mas este está super cheio.
Tanto, que o tempo para "encher" o blog escasseia a sério!

No passado 9 de Junho, eu e um grupo restrito de confrades "Balongueiros" fomos a Santarém, a convite do Pedro, visitar a feira nacional de agricultura - feira do Ribatejo.
Em excursão, em dois autocarros fretados pela Cooperativa Agrícola de Valongo, fomos nós.
não me lembrava de andar de autocarro e ainda por cima na minha primeira excursão ;-)

Saímos da cooperativa às 14:30 em direcção a Almeirim.
Destino: Sopa de Pedra :-)
O autocarro parou junto à praça de touros e ... foi tudo a correr, às 18:00, jantar...
O restaurante era conhecido da maioria: "O Toucinho", do qual o dono era um ex-toureiro.
Por muito cedo que os homens comecem a servir, às 18:00 ainda era muito cedo para jantar, e ficou tudo à porta até abrir.
Ainda assim, nunca jantei tão cedo! Às 18:30...

Apenas aqui começaram as fotos...
A minha máquina continua no estaleiro e todas as fotos que aqui estão foram tiradas com uma Casio, emprestada pelo " d'Aurora".
Ele levou a máquina mas não tem propriamente gosto pela fotografia, facto logo aproveitado pela minha pessoa ;-)
Obrigado !

A Sopa de Pedra estava muito boa.
Gostei, mas não voltava de propósito para repetir...
O convívio à mesa, esse sim, esteve de alto nível. Claro que o tinto ajudava :-)




Mesmo à saída do restaurante, dois olhares.
"Oh Quim, garrafões desses também em Valongo", tive logo que ouvir:-)




A malta (quase) toda reunida antes do embarque para Santarém.





Os férteis campos do vale Tejo.
Primeiro um campo de milho a ser regado por aqueles gigantes "sistemas "andantes", e depois uma quinta de vinho.
Fotos tiradas com o autocarro em movimento...



A entrada na feira.
numa feira de agricultura se podia ver uma coisa destas: um grande poio (de vaca, cabra?) mesmo à entrada ;-)




Os animais expostos.
Para mim, todos muito bonitos e bem tratados. Belos exemplares das várias raças em mostra.
Mas coitados dos bichos: ainda não eram 20:00 e todos tentavam dormir.
Ali presos, naquelas grades, missão impossível...






E afinal estamos nós no Ribatejo e não aparece nenhum campino?
Ah, está um!!



Mostra de vinhos e respectiva prova.
Não percebi, ninguém do grupo se mostrou interessado...
Alguém me explica?




no exterior e a escurecer.
Por esta altura me tinha perdido do grupo uma série de vezes.
As fotografias faziam-me distrair, e ia eu ;-)




Ah, e os cavalos das touradas!
Às 22:00 houve, no interior do recinto da feira, uma tourada com alguns dos grandes nomes do toureio nacional (bom, pelo menos assim me pareceram ;-)
O mais conhecido para mim: Joaquim Bastinhas.





E aqui está ele.
Ah, gajo bom!!! A verdadeira sensualidade do toureiro!
:-)))))
(reparem que não fui o único a fotografar aquela licra ;-)




A entrada dos "heróis" no terreiro.



E aqui alguns olhares sobre o recinto da feira.






O Navio ficou a adorar cavalos.
Confessou-me no final que vai trocar o Punto por um Lusitano.
:-)))



Mas o que seria duma feira destas sem os "comes e bebes"?
A segunda refeição "da noite" foi num restaurante de Macedo de Cavaleiros.
Desta vez entrei numa toada mais leve: um pratinho de caracóis.
Pareceu-me ver alguns estômagos a revolver ;-)



Para o final estava agendada a garraiada.
Segundo me disseram, porque não fiquei para ver, esta não tem mesmo nada a ver com as das queimas das fitas. Aqui o touro é mesmo um touro e não uma vaquinha...
As ambulâncias marcavam presença e o motivo de conversa era mesmo: "quantos vão parar este ano ao hospital?"








À meia noite, a largada de fogo de artifício.
Os ribatejanos não são portuenses... e este fogo não tem nada a ver com o "nosso" do São João, mas é sempre um ponto alto da festa.
Curiosamente, as fotos até não ficaram mal de todo, tendo em conta que as tirei com a câmara na mão, uma mão que tinha acabado de "comer" uns quantos "pratinhos" de caracóis da superbock...
:-)





Mas para mim o ponto mais alto da noite foi mesmo o espectáculo das Sevilhanas.
Cruzei-me com ele por total acaso, mas ali fiquei, a admirar os movimentos daquelas três mulheres e um homem, que de início pensei que fossem mesmo espanhóis.

Um espectáculo colorido e com um ritmo que ao vivo é ... um verdadeiro espectáculo.

Tenho pena de que muitas das fotos tenham pouca qualidade, mas não muito a fazer.
Na fotografia não milagres, e a supercompacta da Casio até se safou mais ou menos!

No final, os dançarinos desceram do palco e ficaram mesmo à minha frente.
percebi que são portugueses.
Dei-lhes os parabéns pela beleza do espectáculo e regressei ao autocarro.
eram quase 2:00, hora marcada para o regresso a Valongo e do final de um dia longo mas muito bem passado!