29 janeiro 2008

Safari Urbano

No passado domingo, pelo meio da festa de aniversário do Gonçalo, fui tirando umas pics ao cenário envolvente.
Este é um local cada vez mais apreciado pelos portuenses para passear por entre frondosas árvores seculares, por jardins com estilos 'retro-pós-modernos' e também pela quinta.
Serralves fora, ou dentro, d'horas é sempre um bom destino para uma visita.










Foi ainda curioso assistir à quantidade de "fotógrafos a sério" que por lá andavam.
Armados com as suas poderosas lentes e tripés, faziam-me sentir pequenino...
Gostava de poder comparar resultados.
Não no sentido d"as minhas são melhores q'as tuas", mas para ter a noção daquilo que os outros vêm e do que fazem para o mostrar.

Aí está mais uma ideia para uma "Aventura Blogal": procurar encontros de fotógrafos que se resolvam a fotografar um determinado tema para depois fazer uma comparação.
Que tal? Isto já existe? Onde se encontram?

26 janeiro 2008

Liberdade

Tenho configurado o meu screen-saver, desde que passei a utilizar o Windows XP como SO, com um conjunto de fotografias que vai sendo alargado à medida que o tempo passa...
As fotografias mais antigas não o são muito. São de 2003. Os "temas" são muito variados, desde as fotos familiares às aventuras de carro e moto.
De todas, tenho que admitir que há uma que me tem chamado a atenção nos últimos tempos. Estando para aqui, permanentemente fechado, esta é uma fotografia que me tele-transporta imediatamente para um outro tempo e espaço.
De liberdade.


Algures no ex-deserto, actual oásis, de Alqueva.

25 janeiro 2008

Um ano!

É verdade, já há um ano de Aventuras Blogais!

Num tempo distante, onde a luz apenas espreitava por finas frestas, onde o futuro era apenas uma palavra vã... surgiram as blogais aventuras.
A partir desse momento o sol raiou e novas ideias surgiram. Novas e frescas.

... pois... foi quase isto...
Mas é verdade que faz hoje um ano que resolvi investir num novo espaço de comunicação, que ainda não consigo definir se bom se mau.

Pela positiva apontasse a possibilidade de dar a conhecer ao mundo (sim, ao mundo inteiro!) as ideias de mais um idiota. Para isso passasse horas de vida sentado, em frente ao monitor (CRT, já agora. Ultrapassado eu sei...), depois de passar horas sentado, em frente ao monitor (CRT...), no local de trabalho.
Isto não é muito natural!
Natural, da natureza, quero eu dizer. É que ainda há bem pouco tempo, na geração dos meus pais, não havia nada disto. Quem é que, há 40 anos atrás, pensava que algum dia seria possível uma coisa destas?
Ainda sou do tempo (velhinho, eu...) que a mãe do António o chamava da janela de casa: "Óóó Tóóóóne, anda à janta", e o António, que andava a brincar com os amigos no fundo da rua, lá respondia: "Já booouuuu..."
Agora? Pode haver uma coisa destas? Nã!
Agora a mãe, pelo sistema de vigilância GPS, controla o posicionamento da pulseira que o António usa, e se vir que ele foi com os amigos, nas suas moto4, para fora da zona demarcada, lá lhe envia um MMS e lhe pede, com jeitinho, para que, quando ele puder, venha para casa...
Estou a exagerar? Talvez. Um pouco. Mas não anda longe.
Mas já estou a fugir da luz...

Este novo mundo é giro. É muito giro!
Poder mostrar aquilo que se fez. Poder dizer aquilo que se pensa. Ah, e claro, poder receber comentários, que é sem dúvida umas das melhores partes!
Mas será que o eu real é o mesmo que o eu blogal?
É um cromo parecido, mas não o mesmo! Isto é mesmo uma realidade paralela. Qualquer dia, os nativos das actuais tecnologias (que nós ainda lhes chamamos de novas tecnologias...) criam umas novas matrizes de cromos, que pensam por eles próprios e julgam que estão a ser enganados por uns seres que se julgam superiores ....
Bem, agora já estava a entrar no campo da ficção... Até parece que já tinha visto isto num filme qualquer :-)

É verdade, o sol hoje não brilhou da maneira como ter devia brilhado.
É que quase não tem brilhado nos últimos tempos...
E por aquilo que tenho visto/lido, não é só "por aqui"....

Mas o objectivo é continuar em frente.
Há novas aventuras a serem vividas. Novas aventuras a serem contadas.
Que dentro de um ano possa dizer: "mas que grande ano de aventuras foi este!"

Um grande abraço, ou beijinho, aos meus "subscritores". Afinal são vocês que me mantêm no "éter".

24 janeiro 2008

Vitória da decisão

Comecei a escrever este texto como comentário ao anterior post, mas depois achei que era demais para um simples comentário.
Aqui fica melhor, ao "vivo e a cores".

É verdade, uma grande aventura!

Mas sabes PAS, aquilo que ele tentou passar ao pessoal durante as duas horas e meia da apresentação é que qualquer um o pode fazer. Basta querer!
Esta foi realmente uma vitória da decisão e do querer.
Ele, em Janeiro de 2005 decidiu: vou fazer uma grande viagem!
Como? ... de camião 4x4, como queria inicialmente, não era possível porque as verbas necessárias eram demasiadas altas.
Escolheu então a moto, que já tinha.
Quanto dinheiro é preciso para viajar 40.000km (o perímetro aproximado da terra)? Cerca de 3000 contos. Há então que juntar essa verba.
Em quanto tempo conseguia juntar essa verba? Mais ou menos ano e meio.
Assim, decidiu que ia poupar o máximo possível até Junho de 2006 e aí (a grande decisão...) despedir-se do emprego (era informático numa empresa) para poder iniciar todos os preparativos necessários à viagem.
Dessa preparação concluiu que demoraria 7 meses a percorrer a distância que queria.
Muitas barreiras/paredes bem altas teve que transpôr para efectuar esta viagem mas, conseguiu e lá foi....
Ao voltar, continua sem emprego, mas tem uma grande satisfação e memórias para uma ou duas vidas. Entretanto, publicou um livro das crónicas da viagem e está já a pensar na próxima aventura.

A minha opção de viagem foi bem diferente...
Foi uma viagem parado, de pouca aventura e durante 5 anos. Mas também cheguei ao fim e também sinto a satisfação de ter vencido grandes dificuldades e de a ter concretizado.
Por isso, embora gostasse de passar por muitos locais por onde ele passou e viver muitas das aventuras que ele viveu (excepto aquela de lhe terem apontado uma pistola no Peru... e não na Venezuela Gi... ;-), não sinto que tenha feito uma má opção.
Mas hei-de algum dia fazer uma coisa daquelas, em ponto mais pequeno.
Ai, hei-dei-de! ;-)

20 janeiro 2008

Grande noite!

Ontem à noite, na sede do Moto Clube do Porto, assisti à apresentação de uma viagem de sonho para quase todos nós...
O Gonçalo Mata, um moço da nossa urbe, lançou-se à verdadeira aventura. Uma viagem a solo entre Buenos Aires e Nova York, ao longo de quase 40.000 km e durante 7 meses.



Na sua moto percorreu pontos tão variados como a Patagónia, onde viu pinguins e gelos eternos, Machu Picchu nos Andes peruanos, as florestas tropicais da Bolívia e América Central e as longas rectas dos desertos dos Estados Unidos.



É notória a sua dedicação e profissionalismo à "causa", mas o entusiasmo por ele transmitido é grande. Muito grande!
Transvaza da sua pequena estatura.
O homem tem um discurso cativante, que manteve algumas dezenas de sócios durante 2 horas e meia totalmente atentos, a beber as suas palavras...



Como lhe disse no final, enquanto me autografava uma cópia do livro "BuenaYork":
Parabéns Gonçalo!!

17 janeiro 2008

Novas borrachas

Hoje, finalmente, troquei os pneus na Transalp.
Estavam mesmo a precisar e, com este tempo de chuva, a confiança na condução andava mesmo "lá em baixo".

A opção foi mais uma vez pelos Metzeler Tourance, desta vez atrás e à frente.
O pneu da frente que foi agora trocado, um Bridgestone Trail Wing, era o de origem. Com os 21.500 km actuais, a altura do piso não era ainda o problema. Esse estava nas flutuações de nível ao longo do perímetro, a aparentar ondas. É um fenómeno estranho, este que ocorre em pneus deste tipo, e que já vi em várias motos Trail.

O pneu de trás já o tinha trocado uma vez, aos 6.500 km. Durou portanto 15.000 km. Durou, mas já podia (devia, talvez) ter sido trocado há mais tempo.
Como os meus percursos são essencialmente em auto-estrada, o piso estava flat em toda a zona central, referente aos dois blocos centrais.

Quando saí da garagem da MotoTrofa, e mesmo com a goma de serem novos, senti imediatamente que estes pneus dão um comportamento bem diferente à moto, para melhor.
Os anteriores pneus já estavam acamados e o raio de curvatura tinha aumentado imenso. O rolar está agora mais macio e é bem mais fácil curvar.

Falta ver agora se o incremento de confiança não é exagerado.
É que essa já foi a origem do problema surgido em Agosto de 2006...

10 janeiro 2008

E se em vez de fumadores fossem “bombadores”?

É sempre mais fácil ficar de fora, a assistir, a ver como param as modas. Mas este é um assunto que, embora parecendo simples à partida, não o é de todo.
Depois de andar a ouvir e ler sobre o tema, resolvi também escrevinhar umas linhas sobre a nova lei de restrição de fumar em determinados locais.

Parecia-me que isto não seria mais do que uma simples questão de bom senso.
Que homens de bom senso (não falo em cultura) perceberiam facilmente que não deveriam incomodar os outros, quando em sociedade.
Mas não. Não é assim.
Homens cultos, que se dizem democráticos, querem manter a lei do “eu quero, posso e mando!”
“Eu quero fumar, eu posso fumar e os outros… os outros que se ponham.”

Se os fumadores sabem que incomodam, porque continuam a faze-lo?
Se a grande maioria dos próprios fumadores se sentem incomodados com o fumo dos outros, porque continuam a faze-lo?
Se os fumadores sabem que o cigarro faz mal à saúde, deles e dos outros, porque continuam a faze-lo?
Porque “eu é que sei!”, respondem normalmente. “Porque tenho liberdade para tal!”

Pois é, mas não pode ser assim… digo eu, que sou eu.

Eu não sou fumador. Nunca fui. Nunca conseguiria ser.
O meu pai era (era…) fumador. Daqueles bons! Dos que fumavam 3 maços por dia. E começava a fumar desde cedo, ainda antes de sair da cama. Lembro-me que quando era miúdo acordava muitas vezes sem conseguir respirar porque o fumo, que vinha do quarto dele, me cortava a respiração. Tinha que me levantar e ir para a janela respirar ar puro. E não, não tenho problemas respiratórios. A minha garganta apenas fazia um shut-down automático, proibindo o ar poluído de entrar.
Era meu pai e também um “bom fumador”. Daqueles que nunca deu ouvidos a ninguém. Os argumentos de estar a incomodar os outros nunca foram válidos e, nessa altura, os argumentos científicos, do mal que o fumo do tabaco faz, ainda não eram plenamente fundamentados.

Muitos textos de fumadores que tenho lido alegam o “direito” de fumar por serem uns grandes pagadores de impostos.
Será? Não me parece!
É que até os impostos que pagam são um engano para o orçamento.
Se por um lado os fumadores fazem entrar mais dinheiro nos cofres do estado são, por outro lado, os causadores de lá se ir buscar uma grande fatia dessa mesma verba. Os tratamentos e estudos para as doenças associadas ao fumo, nomeadamente os cancros, são um sugadouro de dinheiro. Este é um tema que normalmente é deixado de fora destas discussões. Aliás, o fumar passou recentemente, por si só, a ser considerado pelos médicos como uma doença…

Estes problemas existem. Estão aí.
Mas queremos esquece-los. É mais fácil.
Mas às vezes não podemos. Pois é.
É verdade, o meu pai, aquele grande fumador, morreu… de cancro do pulmão, … do fígado, … dos ossos… devido ao tabaco.
Ah, mas deixou de fumar. Um ano. Desde o dia em que entrou no hospital pela primeira vez, até ao fim…

Nos últimos dias tenho tido algumas conversas com amigos e colegas sobre o tema.
Na última destas houve quem tivesse proposto uma “tentativa de solução”: combater o “fogo com fogo”.
Passar a andar “armado” com um daqueles charutos ou cachimbo mesmo muito mal cheirosos. Quando estiver num sítio em que se sentir incomodado pelo fumo do tabaco, mesmo depois de uma tentativa cordial de resolver o assunto, puxar do charuto e passar a fumá-lo.
Resultaria? … não sei. Talvez.
Mas agora imaginem que em vez de um charuto, fosse “armado” com um bombo.
Do alto de todos os meus direitos constitucionais e democráticos, podia “sacar” do meu SB Bombo em qualquer espaço, ao ar livre ou em recinto fechado e, começar a… tocar.

E travar uma batida de bombo?
Ah… Satisfação!

05 janeiro 2008

A subida à Torre

... É curioso!
Estar a colocar fotografias nesta altura do ano e, ao mesmo tempo, a ouvir os «velhinhos» Radar Kadafi com:
"Mediterrâneo, Agosto, em pleno verão.
O sol a pino e eu faço um revolução..."

Que o sol está a pino é indesmentível. Um sol do meio-dia mas, em pleno inverno.
E ainda ontem esta estrada esteve fechada por umas largas horas...
Hoje deve haver muito mais neve, mas as fotos, se fossem tiradas agora, não ficariam concerteza tão bonitas.
É que não há contraste mais bonito que o azul e branco :-)))