29 março 2015

Caminho Português pela Costa - parte 1

De volta aos Caminhos e agora directamente a partir de casa, quer pelo Caminho Português da Costa, quer pelo Central.

Nos últimos três fins-de-semana iniciei a exploração.
No primeiro dia, comecei para norte pelo da Costa, voltei para sul pelo Central.
No segundo, inverti os sentidos. No último, resolvi fazer o que faltava até à Sé do Porto.
Resolvi... em cima da hora, como é hábito ;)

O que deixo a seguir é a compilação do registo desses três dias, no sentido do Caminho, Porto - Santiago, ainda que a maior parte tenha sido feita em sentido inverso.

Assim, começo... surpresa... na Sé do Porto.

Sé do Porto, vista da Calçada de Dom Pedro Pitões

Igreja de São Lourenço (Convento dos Grilos) com vista sobre a zona ribeirinha e o rio Douro, Porto
Estes registos, como sempre acontece, são apenas de alguns pormenores que, por uma razão ou outra, acho curioso na altura.
Primeiro não apetece fotografar nada, até porque o objectivo não é esse, mas rapidamente se torna impossível suster o impulso do "click".
Se há locais no Porto por onde já passei centenas de vezes, nestes já... alguns anos de vida, há outros, por onde nunca passei.
As ruas das Sé, estas que aqui deixo o registo, já as cruzei, ainda que não há muito tempo. Foi há quase dois anos, precisamente no reconhecimento de bicicleta do Caminho mais interior, que passa por Braga.

Escadaria no final da Rua de Pena Ventosa, Porto

Rua de Santana, Porto
Depois de caminhar, a pesquisa sobre os locais é também algo que sempre gostei.
Muitas destas estreitas ruas já foram percorridas por milhares, largos milhares, de pessoas, deixando muita história para trás.
Desta vez, ao passar pela zona de Cedofeita, lembrei-me de ir espreitar uma rua que já "foi minha" em 86/87, a rua do Breiner.
Parece que foi ontem que entrei para a Escola Secundária Fontes Pereira de Melo... mas já lá vão quase 30 anos...

Rua Ferraz, com a Sé em fundo, Porto

Rua de Cedofeita, com a Torre dos Clérigos em fundo, Porto
O Porto continua a manter alguns recantos que lembram outros tempos.
No cimo da rua Nossa Senhora de Fátima existe um largo, com uma igrejazinha ao centro, que mais parece uma capela de uma qualquer vila campestre.
Nunca por ali tinha passado a pé, nem sequer reparado a sério na mesma, mas se se conseguir esquecer os muitos carros que por ali passam, facilmente somos transportados para outra era...

Capela do Senhor da Agonia, Largo da Ramada Alta, Porto

Passagem sob prédio, no cruzamento da Rua Nove de Julho (antiga estrada romana, via veteris) com a Rua da Constituição, Porto
... outra era como a do cerco do Porto, em mil oitocentos e trintas.
Grande parte do Caminho de Santiago pela Costa segue a antiga estrada que ligava o Porto a Vila do Conde, precisamente a que trouxe, a 9 de Julho de 1932, as tropas liberais desde Mindelo ao Porto.
A praça do Exército Libertador, na zona do Carvalhido e junto à sua muito azul e branca igreja, ganhou a sua designação depois do exército de Dom Pedro ter aí pernoitado antes de entrar na cidade - nessa altura, o Carvalhido ficava nos arrabaldes do Porto...

Cruzeiro do Senhor do Padrão, na Praça do Exército Libertadorfinal da Rua Nove de Julho, Porto

Cruzeiro do Padrão da Légua, no entroncamento da Rua de Recarei com a Rua do Senhor, Leça do Balio, Matosinhos - separação do Caminho Português da Costa do Caminho Português Central

Mas se o trilho é antigo, a marcação do Caminho pela Costa... nem por isso. A placa com a indicação para este Caminho é mesmo muito recente.
Em pesquisa, dei com este relato de uma caminhada, de Fevereiro de 2014, onde se pode verificar que a placa junto ao Cruzeiro de Padrão da Légua ainda não existia.
Dali, passando por Custóias, até à entrada no Concelho da Maia, as indicações são apenas efectuadas por estas pequenas placas azuis, colocadas no cimo de postes metálicos.
Bem feito, "bonito", mas não percebo como é que os peregrinos seguem por lá. Admito que se viesse a seguir as setas amarelas, desde a Sé, não iria por lá... Tem inclusivamente, uma cruz amarela de "não siga por ali"!

Mas é mesmo por ali e este percurso tem pontos muitos interessantes, como a ponte de D. Goimil, sobre o rio Leça, recuperada em 2014.

Ponte românica de D. Goimil, Custóias, Matosinhos - passagem sobre o rio Leça da antiga estrada romana, via veteris

Rio Leça - vista da Ponte de D. Goimil

Entrando em terras da Maia, tem-se como grande referência o aeroporto.
É certo que os primeiros peregrinos não tinham essa noção, mas actualmente, os cerca de 4/5 km de Caminho na Maia correm sempre paralelos à pista.
Na mudança de concelho, à entrada de Vila do Conde, mais um troço curioso: uma rua que atravessa toda a zona da pista, bem no final da pista.
Por ali estamos em Aveleda, mas não a terra do verde vinho. Mais parece o verde Minho.

Rua de Lagielas, Aveleda, Vila do Conde - fronteira norte do aeroporto Francisco Sá Carneiro

Verdes campos de Aveleda, Vila do Conde

Travessa da Pena, Aveleda

Em Vila do Conde voltam as placas azuis, no topo de postes metálicos.
É curioso ver o investimento que as autarquias fazem neste tipo de turismo, mas com muito pouco cuidado... Este Caminho Português da Costa precisava de estar melhor sinalizado no seu início pois nas cerca de 6 horas que já percorri neste ainda só me cruzei com um único caminhante.
Mais ainda, perto de minha casa, na entrada em Vila do Conde do Caminho Central, o mapa colocado pela câmara municipal, com as indicações do percurso e alternativas, está errado logo no seu início, como também se pode verificar no track que têm online.
Como é que estará o resto?...

Indicação do Caminho Português da Costa - Rua da Venda Velha, Aveleda

 Verdes e floridos campos em Labruge, Vila do Conde

Para já ainda só cheguei à igreja de Labruge, com a sua estatueta de granito de Santiago de Compostela colocada na praceta frontal.
Na realidade, no dia que lá passei não tinha como objectivo chegar até este ponto, mas antes chegar à praia de Labruge pelo interior, voltando para sul junto à costa.
Nada como ir descobrindo caminhos aos poucos.
E é isso que irei continuar a fazer... aos poucos.

Imagem de Santiago de Compostela, junto à Igreja de Labruge

Na pesquisa para este post dei com vários sites muito interessantes, que no ano passado, na preparação para o Caminho não encontrei.
Para registo, ficam aqui os links para os mesmos.

Um dos mais completos sites sobre Caminhos de Santiago. Em espanhol, o Caminador O´Luis do Freixo.

De uma associação de Esposende, a Viaveteris.

Sem grande informação da sua origem, mas com contactos úteis, tem mesmo a designação de Caminho Português da Costa.

Da C.M. de Vila do Conde, mais um Caminho da Costa.

Para último, outro exemplo de Caminho da Costa, agora da C.M. de Viana do Castelo.

28 março 2015

Sou o Maior

Não... não sou o maior, mas para andar como esta malTTa só fazendo como os D.A.M.A: "... é só mais um gin tónico".

Há anos que ando fora-de-estrada e que acompanho na televisão o Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno, mas nunca antes tinha visto uma prova ao vivo.
Foi preciso virem a Valongo, no prólogo da Baja TT Rota do Douro, e alguma sorte para apanhar a informação da mesma, para o fazer.



E lá fui eu, ver as grandes estrelas do volanTTe.




16 março 2015

E eles lá vão...

... novamente pelo Marão e Alvão.
Até parece (parece!) que o local está a ficar batido, mas no monte não há duas vezes iguais.

As Big Trails lá voltaram a Fridão, pela mão do Sr. Prof. Tosta e do Moto Clube do Porto.
A novidade desta vez foi a "maciez" de alguns trilhos, reparados para a passagem do rali de Portugal, daqui por umas semanas.
Deu gozo. Muito!

Os registos fotográficos é que não são famosos. Apenas telefónicos...
Ainda assim, aqui ficam três dos locais mais emblemáticos, estes sim, bem batidos, mas sempre interessantes, num dia de muita luz e longas vistas.

Na crista dos montes, na fronteira entre os distritos de Porto e Vila real, e ligeiramente a norte de Mesão Frio, uma paisagem imensa sobre o Douro.



À entrada do Parque Natural do Alvão, uns km a sul de Lamas de Olo, com vistas largas, para não variar.
A Transalp posa, com Vila Real lá ao fundo.



As quedas de água do rio Olo.
As Fisgas de Ermelo em dia de romaria.


 

Mais?
Não há, mas é sem dúvida a melhor forma de actualmente conseguir publicar....


Nota final para a Transalp que, segundo o David, está a fazer fumo branco quando desacelero.
Pode ser problema de motor (mau!...), mas também pode ser efeitos da mistura de gasolina com gasóleo.
A ver vamos...