24 outubro 2008

Azores 2008 - 11_4

O dia aproximava-se do fim, mas muito havia ainda por registar.

Depois de termos sido obrigados a passar algum tempo no hotel, devido ao episódio da quebra do carro alugado, resolvemos aproveitar o final da tarde com uma visita à fortaleza de São João Baptista, localizada no Monte Brasil, bem em frente à cosmopolita cidade de Angra do Heroísmo.
O problema foi, no entanto, que esta estava fechada. As horas das visitas tinham terminado...
O que fazer? Ficar mesmo por ali!
Encostado à muralha existe um jardim/parque infantil como nunca tinha visto antes.
Enorme! :-O se se considerar que é um parque infantil.
O número de "brinquedos" para os mais novos deve dar para fazer a alegria da criançada de toda da ilha!... e arredores ;-)
Das minhas fez!


Mas claro que aqui o "indivíduo" estava mais preocupado, como sempre, com a recolha de imagens.
E que bom sítio, e altura, que este foi!
É que se de início a luz, não sendo má, não era a melhor...


...passou para uma bastante mais inspirada luz de fim-de-tarde.
O sol começou a penetrar por baixo das nuvens, deixando a paisagem ainda mais interessante do que já é por natureza.


Da mesma forma, o Ilhéu das Cabras ganhou outras tonalidades, revelando-se na paisagem!


Já depois de escurecer (e como de costume, bem tarde!...) fomos jantar.
Desta vez a opção foi o restaurante Beira-Mar, e a sua esplanada bem em frente ao mar e à praia.
A fotografia não é de eleição, tirada do parapeito da esplanada, mas o ambiente estava muito bom, da mesma forma que a refeição que, para não variar, foi peixe, ou iguaria do mar.


Antes de "recolher aos aposentos" demos um curto passeio by foot.
A marina, cheia de "barquinhos a nanar" (de onde será que aparecem tantos barcos??...) e a igreja "de Pisa "(estas perspectivas propositadamente arquitectónicas... ;-)

18 outubro 2008

Azores 2008 - 11_3

Uma das actividades mais significativas do dia foi a exploração da antiga e actual actividade vulcânica da ilha Terceira.
Depois de termos circum-acelerado meia ilha, novamente até à freguesia de Biscoitos, viramos para sul, para o interior.
Como no dia anterior, voltamos a piquenicar, desta vez junto à Lagoa do Negro. É um sítio agradável mas um pouco ventoso, pelo menos na altura.


A Lagoa ficava (nada coincidentemente ;-) mesmo em frente à Gruta do Natal.
A gruta é composta por túneis escavados pela própria lava em ebulição, ao escorrer.
É muito interessante andar no seu interior, muito bem organizado e iluminado, para turista ver. Apresenta uma série de formações diferentes, nas diversas galerias, sempre bem legendadas no próprio local.
A origem do seu nome também é curiosa. Praticamente desde que a gruta foi descoberta, pelos montanheiros da Terceira, iniciaram um evento que se mantém até hoje: uma missa, na época natalícia, bem no interior da gruta.
Para registo, aqui ficam duas fotos dos verdadeiros espeleólogos! :-)


Incluído no programa de festas, e no bilhete (assim ficava mais barato), estava ainda a visita ao Algar do Carvão.
Esta gruta fica bem no centro na ilha e é, para mim, um dos locais imperdíveis na visita à Terceira.
Por fora é "apenas" mais um vulcão, coberto por uma espécie de arbusto bem verde e luxuriante.


Mas é no interior que se revela a verdadeira beleza do local.
Segundo nos informaram, este é o único vulcão do género, em que toda a chaminé ficou intacta depois do vulcão se extinguir, que é visitável em todo o mundo.
O resultado foi uma caverna enorme, de mais de 100 m de profundidade, apenas com uma pequena entrada no topo, com cerca de 10 m de diâmetro, mas que está praticamente coberta de vegetação.


A escala da "coisa" é absolutamente fora do vulgar. Se na gruta anterior tivemos que andar agachados em alguns sítios, aqui fica-se extasiado com o gigantismo.
A dificuldade está apenas em conseguir transmitir fotograficamente a sua beleza.
Depois de ver os resultados, até fiquei a achar que não correu mal de todo.
Sendo um pouco mauzinho, gostei de ver a cara espantada de muitas pessoas que fotografavam a gruta com a sua pequena compacta e que diziam:
"- Mas só aparece preto!"
Porque seria? :-)

Aqui fica uma colecção de fotos que, por uma razão ou por outra me agradaram bastante. Se calhar pela lembrança do local, que é daqueles que só estando lá se percebe a sua verdadeira beleza.


De volta à superfície e ao ar respirável!
O ambiente lá dentro, ao fim de algum tempo começa a cansar. Primeiro, é abafado e, naturalmente, meio escuro. Depois, "chove", pois os tectos estão permanentemente a verter água e, finalmente... a subida dos tais 100 m (pois fomos mesmo até ao fundo), por pequenas escadas e com um miúdo de dois anos nos braços... cansa!
Mesmo assim, vale muito a pena o esforço.

Mas o pior foi chegar ao carro e verificar que... tínhamos um pneu furado e ... não tínhamos ferramentas, nem macaco para o trocar. Nem triângulo. Ah, e nem colete.
E nem sequer era o pneu que estava completamente careca em metade do piso que, segundo o tipo da agência de aluguer, estava perfeitamente legal, pois o carro tinha feito a inspecção periódica há... apenas ano e meio! :-O
Este foi o maior problema que tive nos Açores: uma discussão perfeitamente surreal com o tipo da agência Via Livre, além de ter perdido 3 horas à espera para que me trocassem o carro, um Mitsubishi SpaceStar com a direcção desalinhada, por um bem mais aconchegadinho Citroen C3...
Enfim, nem tudo pode ser bom!

estávamos nós novamente a rolar, bem no meio dos prados e vacas açoreanas ;-)


Para finalizar a nossa visita às actividades vulcânicas, mas não o dia, fomos ainda às Furnas do Enxofre.
Este é mais um local onde aparecem umas fumarolas a... fumar, não tabaco mas enxofre ;-)
O cheiro não é lá muito agradável, tenho de admitir, mas as cores produzidas pela saída daqueles vapores quentes e saturados transformam a paisagem.
Fica muito bonito!
(um comentário muito científico, não é? ;-)



Estando a terminar este post no dia das eleições nos Açores, não quero deixar de deixar (grande figura de estilo, esta!) um voto (nas eleições, um voto...) de... boa escolha!
Se possível...

16 outubro 2008

Azores 2008 - 11_2

... depois do tal episódio triste do início da viagem do dia, lá continuamos nós, a calcorrear a estrada marginal, no sentido negativo, em torno da ilha Terceira.

A palete de cores mantinha-se:
As paisagens continuavam verdes, com os campos a estenderem-se até ao mar azul, divididos por muros de pedra negra e à sombra de brancas nuvens.


Um dos pontos interessantes deste passeio é o avistamento das ilhas de São Jorge, Pico e Graciosa, à distância, algures no "meio do mar".
Nas fotos elas não aparecem em força porque a tonalidade do cinza-azulado passa muito despercebido sobre a linha do horizonte. Sabendo disto, nem sequer forcei muito para que aparececem mais.
Mas elas estão lá.


Nesta foto, por exemplo, tirada na Ponta da Serreta, vê-se a ilha da Graciosa, lá ao fundo (se não clicarem em cima não a vêm...)


Outro facto curioso da Terceira, que contrasta significativamente em relação a São Miguel, é o colorido das suas casas.
Deixam de ser todas brancas para serem às cores, garridas.
Mas que bem que fica!


Mas aqueles tons de verde...
Pena que em Agosto as flores já estivessem um pouco murchas, pois os verdes com umas pinceladas de cor viva por cima teriam ficado ainda melhor.
Que tal o postal?

13 outubro 2008

Azores 2008 - 11

Para o segundo dia de carro decidimo-nos a dar "meia volta à Terceira, pela esquerda".
Ou seja, e melhor dizendo, saindo de Angra do Heroísmo, a ideia era percorrer meia ilha, junto à costa, no sentido dos ponteiros do relógio.

E foi isso mesmo que começamos por fazer, bem cedinho pela manhã.
Como também já tinha começado a ser prática corrente, primeiro miradouro (como eu gosto deste termo!), primeira paragem para a fotografia.
Este no entanto, viria a revelar-se pela negativa, como as fotos transmitem, em certo ponto.
Mal saí do carro e me cheguei a um pequeno muro de protecção, verifiquei que este era, de longe, o local mais sujo, mais cheio de lixo, de entre todos em que tinha estado nos Açores.
Se até aí me parecia que a limpeza roçava a perfeição, neste sítio essa ideia caiu por terra...
Mas a paisagem "à distância" continuava lá, linda como sempre, bem como a clareza das águas.


A questão era mesmo ali, aos pés.
No meio do lixo o que é que topei ainda: um conjunto de moreias mortas e abandonadas.
Que triste visão!...
Este é um animal marinho (um peixe anguiliforme) que nunca tinha visto ao vivo, e pelo qual tenho, sem saber explicar porquê, uma imagem de "especial".
Ali estava, um "despejo" de moreias, provavelmente por pescadores/mergulhadores menos escrupulosos, que só as pescaram pelo prazer de matar.
Eu, que fui pescador de rio durante tantos anos, fiquei (muito mal) impressionado pela cena. Era incapaz de semelhante.
Mas quase que aposto que aquilo não tem dedo açoreano!...


E por hora fico-me mesmo por aqui...
O tempo para a publicação no blog tem sido diminuto, mas também não quero deixar cair por completo esta actividade que tanto prazer dá.
Vamos lá ver se o próximo não demora tanto ;-)