21 fevereiro 2007

Pelo Alto-Minho

Em meados de Novembro do ano passado fiz mais um passeio com o pessoal do Núcleo do Norte do Fórum-TT.
Este é um relato que já vem tarde, mas nestas coisas o tarde nunca é tarde demais ;-)

Num belo dia de Outono, onde não podia faltar a chuva e o nevoeiro, lá fomos nós a caminho de Arcos de Valdevez. Saí de Alfena, juntamente com o Pedro Silva e o Filipe Pinto, e a primeira paragem foi na Póvoa de Varzim, onde o César e a Marta estavam à espera para irem comigo, no Pinin.

O ponto de encontro ficava junto ao rio, pouco depois de passar a ponte, a quem chega a Arcos pela nova auto-estrada.





Para o primeiro ponto mais trialeiro não faltou muito. Pouco depois de entrarmos em terra, e num gancho a subir, apareceu uma zona com grandes regueiras e de pedra solta (colocada para facilitar a progressão).





Depois de ver as primeiras máquinas a lá passar ainda cheguei a ficar com algumas dúvidas da minha passagem, mas afinal, não havia nada a recear. O Pinin portou-se, como sempre, à altura, sem sequer hesitar.





Mas é claro que não foi o único a passar com facilidade.





As verdejantes zonas por onde ía-mos passando lá iam, muito raramente, despertanto por detrás de um espesso manto de nevoeiro que tudo cobria.

É que se o mau tempo em geral, e a chuva em particular, conseguem trazer mais adrenalina à prática do TT, pelas maiores dificuldades geradas, tem o inconveniente de esconder as belezas paisagísticas, neste caso, do verde Minho.





O segundo ponto de maior dificuldade foi num sítio não esperado pelo organizador, o Eduardo Vasconcelos. Era um caminho ligeiramente a subir, também com algumas regueiras fundas, mas que durante os reconhecimentos não tinha trazido qualquer problemas. No entanto, devido à chuva que tinha caído nos dias anteriores, e que continuava a cair, criou-se ali uma das maiores dificuldades do dia, levando mesmo a que dois carros tivessem que ser guinchados



Mas outros havia que nem isto chegava para lhes criar respeito :-)
O Rui Martins, no seu já famoso UMM Amarelo, não só passou com toda a facilidade, como procurava propositadamente os maiores buracos.



No meu caso, a passagem por esta dificuldade permitiu-me aprender mais umas coisas sobre TT.
A minha aproximação, depois de ver dois carros a encostar o guarda-lamas ao morro de terra e de ver outro quase a ficar de rodas para o ar (:-O), foi cautelosa. Tentei subir o degrau o mais devagar possível, mas a muita chuva que caía, o piso completamente enlameado e escorregadio, aliado aos pneus 80% de estrada, não o permitiram...
Só mais tarde, e depois de 5 ou 6 tentativas, é que percebi que afinal estava quase, e só faltava "um bocadinho assim...". É que mesmo no último instante, e quando sentia o carro a escorregar para o morro de terra, largava o pé do acelerador e já não transpunha o último degrau com a roda de trás.
O filme só mostra a aproximação e a primeira tentativa, mas não a passagem... É que o camera man César, depois de gramar com toda a chuva que caía na altura, resolveu mudar de posição mesmo na altura em que consegui passar. Enfim... não se pode ter tudo ;-)


Nem de propósito, imediatamente após o último carro ter transposto esta dificuldade, a chuva parou. Coisas...
Mas não se desperdiçou esta ligeira aberta: fizemos logo ali a paragem para o mato-bicho da manhã (que na realidade até já foi de tarde...)
Agradecimentos aos Rui Martins pelo café quentinho, que tão bem soube!





Depois de minimamente acomodado o estômago, lá partimos nós. Desta vez por "auto-estrada" e com passagem pela via verde, como atestam as fotos seguintes ;-)





Mas foi precisamente nesta "auto-estrada" que tive o meu primeiro furo em TT. Um valente choque com uma pedra e o pneu da frente direito entregou a alma ao criador. Ficou com a lateral completamente rasgada...
Lá está, mais uma vez o problema de andar a brincar com os brinquedos errados! Mas ainda não foi esta que me convenceu a mudar os 4 pneus. É que eles estão quase novos... e custam uma pipa de massa!



Enquanto mudávamos o pneu, numa das piores alturas de chuva (é que nem de propósito ;-) já havia que tivesse entrado na maior dificuldade do dia.





O primeiro sinal da dificuldade foi ter visto o Discovery do Eduardo a levar um grande safanão e a deslizar durante ... uma eternidade. As fotos, como é costume, não conseguem transmitir metade da dificuldade sentida para passar esta zona.





Mas o que é verdade é que era muito complicado passar naquele sítio. Uma grande pendente e pedras muito escorregadias faziam a festa. Desta vez foi raro o carro que não roçou na lateral...

Em filme já dá para perceber melhor as dificuldades.
E não, o Pinin não foi um dos que encostou, felizmente...



... a história não termina aqui, mas a conclusão vai ficar para o próximo post.

Se não quiserem esperar e ir directamente à fonte, aí têm todas as minhas fotos, já comentadas.

1 comentário:

Anónimo disse...

ESTREIA-DEBATE NO AUDITÓRIO DO EPRAMI - ESCOLA PROFISSIONAL DO ALTO MINHO INTERIOR, ESTRADA DOS ARCOS, MONÇÃO

O FILME PORTUGUÊS
"WAITING FOR EUROPE" DE CHRISTINE REEH
VAI ESTREAR EM MONÇÃO A 27 DE ABRIL,
PELAS 21.30H
COM A PRESENÇA DA REALIZADORA



O filme português “Waiting for Europe”, realizado por Christine Reeh e produzido pela C.R.I.M Produções, vai ser estreado em Monção, no Auditório do EPRAMI – Escola Profissional do Alto Minho Interior, Estrada dos Arcos, 4950-438 Monção, no dia 27 de Abril, ás 21.30h, com o apoio da Câmara Municipal de Monção e do Cineclube de Monção e com a presença da realizadora, integrado nas iniciativas da Feira do Livro de Monção.

“Waiting for Europe” (À Espera da Europa”), ganhou o Best International Documentary no Festival "The New York International Independent Film and Video Festival" (apresentação de Los Angeles) e está seleccionado para a competição em Nova Iorque em Julho.

O filme rodado em Lisboa, Alcalá de Henares, Sofia e Blavoegrado, acompanhou durante dois anos, Vânia, uma imigrante do leste europeu em Portugal e Espanha. Trata-se de um retrato intimista sobre a imigração feminina.


“Waiting for Europe”, rodado em três países, Portugal, Espanha e Bulgária, foi produzido com o apoio do Instituto de Cinema, Audiovisual e Multimedia (ICAM), da RTP, do Ministério da Cultura, dos Médicos do Mundo, da Universidade de Alcalá de Henares , da Universidade Fernando Pessoa, da Câmara Municipal de Blavoegrado, do Instituto de Cinema Búlgaro, da PROFILM (Bulgária) e da Associação Aibebalcan em Espanha.

O ACIME (Alto Comissariado para a imigração e Minorias Étnicas), o Banco BES (www.bes.pt /novos residentes), a Federação Portuguesa dos Cineclubes, Associação Bulgari, e as câmaras municipais, colaboram nas estreias-debate a realizar em Portugal.


As próximas estreias-debate do filme, com a presença da realizadora, Christine Reeh, estão previstas para o Auditório da Faculdade de Ciências Socias e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Centro de Estudos de Migrações e Minorias Étnicas) a 3 de Maio, pelas 15.00h; para o o Auditório Fernando Lopes Graça, em Almada, pelas 19.00h, integrada no V Campus Euroamericano de Cooperação Cultural; para Portalegre, no dia 22 de Maio; para o Centro Cultural António Aleixo, em Vila Real de Santo António, no dia 26 de Maio, pelas 21.30h; para o Cine-teatro em Sesimbra, dia 16 de Junho, pelas 21.00h.


O filme vai ainda ser estreado no Luxemburgo, a 8 de Maio, pelas 20.00horas, na Cinemateca de Luxemburgo, numa iniciativa conjunta da ASTI (Association de Soutien aux Travailleurs Immigrés) e da Cidade de Luxemburgo, com o apoio das duas centrais sindicais, da Associação de Amigos do 25 de Abril e ainda de associações de imigrantes portuguesas e búlgaras.


A revista "Cinema" da Federação Portuguesa dos Cineclubes, na sua edição Abril-Junho, nº37, publica um dossier sobre o "Waiting for Europe", que inclui uma entrevista a Christine Reeh, um artigo de André Martins, uma critica de Marta Mikolajczak, filmóloga polaca e um texto crítico de Paulo Duarte Teixeira, Presidente da Associação Jurídica do Porto e Magistrado Judicial. Na capa, Christine Reeh.



C.R.I.M Produções
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Tm.918719003
crimproductions@netcabo.pt