14 outubro 2017

Angola - #7.4

A cerca de 30 km de Caimbambo, na estrada para Huambo, fica Cubal.
Continuando na região dos "monumentos megalíticos", (re)começo com um duplo registo de outro dos "grandes calhaus" graníticos, logo ali, ao lado da estrada.
São absolutamente impressionantes!



Imediatamente antes de entrar na cidade de Cubal e junto ao rio com o mesmo nome: crianças a brincar, naquilo que parecem ser os terrenos de uma antiga quinta agrícola, provavelmente de sisal para cordas, pois era essa a produção agro-industrial mais frequente da região.
Mas se esta quinta estava destruída e abandonada, está a ser feito actualmente um forte investimento na recuperação de todo o município.


Nas pesquisas sobre estes locais deu para perceber que a cidade de Cubal, como muitas outras, evoluiu muito desde esta viagem, em 2010.
No local da fotografia seguinte, onde se se vê principalmente lixo, com alguns casebres em fundo, nota-se, pelo Google Earth, que existe agora um grande prédio...


A entrada da cidade, na altura em terra, está agora bem mais arranjada.
Sobre o Cubal, descobri agora este filme, publicado pelo grupo "Amigos da Picada", de Luanda.
Em quatro motos (uma delas uma Africa Twin semelhante à minha), fazem a viagem (arrancando aparentemente) de Luanda, passando por Lobito, até ao Cubal, onde se encontram para algum tipo de festa de amigos.
Mas em 2010 estava assim...



A recuperação da linha férrea de Benguela, esteve a cargo do chineses.
Aqui estava com bom aspecto...



O centro da localidade parece que cristalizou nos anos 60/70.
As casas são todas dessa altura, estando, muitas delas, reconstruídas.
É fácil imaginar o espírito descontraído do local, naqueles tempos...

Sendo normal encontrar sites e blogs com informação sobre as várias regiões e localidades angolanas, principalmente dos "tempos da outra senhora", este sobre o Cubal cativou-me pelo grande número de registos fotográficos, principalmente (como é natural!) dos bons tempos!...






Saindo do centro, e em redor de qualquer localidade maiorzinha, voltam os musseques.
Na foto seguinte, onde se misturam vários tipos de indústria manufacturada, chamou-me a atenção o contraste entre o negro do carvão e as vestes (bem) garridas das angolanas.


De volta à estrada e logo a esta, que está em muito boas condições!
Fazia-se tarde. Já era meio dia e ainda muito havia que ver e fazer...


Aquilo que já foi terreno de sisal está (estava, há 7 anos) a ser queimado.
A justificação é que desta forma os nutrientes, concentrados nas plantas, voltam mais rapidamente ao solo, permitindo que as novas gerações nasçam e se desenvolvam também mais rapidamente.
Acredito... com algumas interrogações...
Além disso, o fumarento resultado não é, no mínimo, nada bonito.




E porque está a fazer-se hora do almoço, uma imagem que retrata um processo de produção daquele que será o alimento mais consumido no mundo: o pão.
Duas senhoras, sentadas, de pernas abertas, com um pau curvo na mão, a bater nas sementes de cereal (trigo? centeio?...) produzindo farinha.
É uma cena que se vê com muita frequência nesta região, alta, de Benguela.


Próxima paragem, Ganda.


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