06 junho 2008

Portugal Lés-a-Lés 2008 - o relato - 7

Só após termos passado por Grândola é que percebi o porquê de lhe chamarem vila morena: a cor da terra.
Tem um tom avermelhado, como de quem passou um dia no bronze.
Será?... ;-)


Primeiro um grande estradão, de muito bom piso, onde a organização pedia para não se ultrapassar os (1)70 km/h.
É que nem o Paulo Marques, campeãoníssimo das provas Trail, passou o limite. Tá bem, eu acredito...


E foi por aqui que comecei a utilizar a máquina fotográfica em pleno andamento.
Descobri depois que a qualidade das fotografias assim tiradas não ficou a melhor (...), mas apetecia captar todas aquelas paisagens, bem diferentes das que estou habituado a observar.
Além disso, os tempos do roadbook passaram, com a terra, a serem muito mais "esticados". É que nós, os EnduróTrail, rodávamos em terra à mesma velocidade que rodávamos em asfalto. Passamos, por esta altura, a estar ligeiramente à frente do tempo previsto...


Mas foi após este grande estradão que apareceu um dos caminhos mais deliciosos. Um troço de terra, às curvas, relativamente estreito e com um piso mais ou menos regular, que atravessava umas terras pacíficas e com um colorido muito bonito.


Aqui pelo meio, junto a mais um posto de "picagem", encontrei um simpático casal de holandeses, sentados em cadeiras de praia, junto ao caminho. Aproveitei, enquanto "fazíamos horas", para conversar um pouco com eles. Estavam reformados e passavam uns tempos em casa da filha, who lives just over there. Gostavam muito do Alentejo e vinham cá muitas vezes.
É que se estas terras estão a ser abandonadas pelos portugueses, estão a ser povoadas por holandeses e alemães... Vá-se lá perceber estas coisas!


Este foi, para mim, e logo a seguir aos dois miradouros sobre o Douro, o segundo lugar de eleição deste Lés-a-Lés.
Já tinha feito umas férias perto desta zona, em Odeceixe, mas na altura não penetrei por estes estradões. Pode ser que numa próxima...

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