07 dezembro 2020

Angola - #8.4

Voltamos da zona (ainda mais) plana e larga, do aeroporto, novamente para o centro de Huambo.

E a dificuldade começou logo aqui. Depois de tanto tempo (já lá vão mais de 10 anos...), encontrar no mapa o Santuário de Nossa Senhora de Fátima não foi fácil...
É que perto do aeroporto há o lugar (freguesia?) de Fátima, e foi por ali que fui procurando. Mas não. Esta igreja está já muito próxima do centro da cidade.
Sendo um grande e bonito monumento, não tem, no entanto, muita informação disponível sobre a sua história.



Logo ali, na avenida mesmo em frente à igreja, um prédio grande, em construção/recuperação.
Entre centenas de pormenores, não me lembro o que me chamou a atenção para fazer este registo. 
No entanto, este veio a revelar-se como "importante". É atualmente o moderno e luxuoso Messe Hotel do Huambo.


Um pouco à frente, cruzando a Av. Norton de Matos, passamos à porta do Hospital Regional de Huambo, o grande hospital central da cidade, desde os anos 50.
Felizmente, não precisamos dos seus serviços ;)


Logo ao lado do hospital, demonstrando o cuidado organizativo colocado no planeamento da cidade, o edifício da Faculdade de Medicina, que faz a transição da zona de saúde para a zona educativa.

 

E a zona educativa é das mais abertas e largas de toda a Huambo.
Espalhados numa área a rondar o meio quilómetro quadrado, edifícios grandes, de 3 ou 4 pisos, com espaços arborizados e parques de estacionamento à volta. 
Fazem lembrar, em tudo, os projetos do ISEP e ISEL, precisamente da mesma época...



O único em que paramos à porta foi onde o meu sogro foi estudante, a antiga Escola Industrial e Comercial Sarmento Rodrigues, atual Instituto Superior Politécnico de Huambo.
Continua, nitidamente, a ser a escola de referência de Engenharia da região.



Junto àquilo que, à data de hoje, se denomina "Bombas da Sonangol Girassol Casa Ecológica II" (pelo menos no maps da Google ;) uma cena muita típica e bem colorida: uma senhora a transportar à cabeça um fardo de palha, atado em pequenos molhos com fita vermelha... enquanto imensas motorizadas fazem fila para abastecer.


Circundamos o maior parque/jardim de Huambo, o Jardim Botânico ou Estufa Fria (ex-Parque Almirante Américo Tomás), nas margens do rio Calohumbula.
Naquela altura estava muito mal tratado e abandonado, mas notava-se, ainda assim, muitos dos pormenores colocados no seu projeto, como por exemplo as margens do lago (que não existia...)



Na sua parte baixa, a nordeste, um prédio alto, verde, abandonado mas ainda assim marcante.
Sobre este não consegui qualquer informação...



Nas ruas que contornam este parque são muitos os antigos edifícios/casas portuguesas recuperadas, quer para habitação, quer para serviços.
Dois exemplos, próximos, a fazer pendant ;) Ambas amarelas e com arcos na fachada.



Para terminar este post, nada como um bom exemplo da capacidade inventiva chino-angolana: um trike da Keweseki ;)



Sem comentários: