02 maio 2008

Quem manda são os que lá estão

No dia do trabalhador deve-se trabalhar!
E isso foi o que aconteceu. O trabalho, árduo, de ajudar a fazer o reconhecimento do próximo passeio para Trails do Moto Clube do Porto.


O "convite" foi lançado dois dias antes pelo Tosta e pelo Sauros, organizadores deste evento.
Não que eu me tenha oferecido. Não... ;-)


Destino: Marão e arredores.
O encontro foi marcado para as nine hundred hours na estação de serviço de Penafiel, na A4, já próximo das portagens, para a saída de Amarante.
Num grupo de quatro celebs, além de mim, três dirigentes do clube: o presidente, o vice-presidente e o presidente do Conselho Fiscal (facto curioso este, agora que o escrevo ;-)


O Marão tem uns bons estradões para a realização de um passeio deste género.
Mais largos ou mais estreitos, com ou mais ou menos buracos, são (quase) sempre melhores, no sentido de serem mais simples, do que os encontrados aqui por Valongo.


No entanto, simplicidade total é uma coisa que não se pretende. Tem que haver sempre aquela subida, ou descida, mais radical, onde a adrenalina flua em maior quantidade.
E então quando não se conhece de todo alguns dos caminhos...


O passeio propriamente dito começou em Fridão, onde se entrou em terra pela primeira vez. A maioria, dos perto de 100 km de terra, já os conhecia. Mesmo assim, terra é terra, e nunca está igual, nem que por lá se passe dez vezes por ano.


Como foi uma semana de chuva (mesmo não tendo chovido durante o dia todo, o que foi muito agradável), os estradões estavam molhados, com poças de água e lama.
Assim, os caminhos estavam em geral muito escorregadios. E foi num destes caminhos mais escorregadios, de terra mole, que tive o meu primeiro deslize do dia, que daria direito a 5 pontos numa prova de trial.
Numa descida mais forte não consegui evitar que a roda da frente deslizasse mais do que o devido. Resultado: "cair" num rego de água e ficar com a moto parada e inclinada a 60º.
Achei muito curioso foi o facto de eu praticamente não ter ficado "acelerado"... Parece que a prática até nisto ajuda!


Já na parte final voltei a ficar com a bicha "nas mãos".
Corta-fogo desconhecido, pedra solta e um pequeno erro de "leitura" do terreno resultaram numa paragem forçada a cerca de 90% do final da subida. E o maior problema destas coisas é o rearranque (isto, se não houver uma viragem para trás...), porque tracção não existe. Até para nós, a pé, é terrível.
À força de três pessoas (o shor presidente nesta altura já tinha deixado a comitiva) lá conseguimos recolocar a Transalp em movimento.
Medalha de mérito aos dois compinchas que chegaram "cá cima" a bufar. A eles tenho que agradecer.
Não, o sítio onde eles aparecem na foto não é o sítio onde parei. Isso fica logo abaixo de onde se deixa de ver o caminho...


Está feito o reconhecimento, venha agora o passeio "a sério" do dia 18 de Maio.
Notícias para breve.

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