Se até à hora do almoço o São Pedro ainda tinha dado "uma mãozinha", durante, e após o mesmo, resolveu largar uma carga d'água daquelas!!...
Há que vestir o impermeável e ... tá a andar de moto ;-)
É que a hora do roadbook é para cumprir, pelo menos para mim e para os EnduróTrail.
E da mesma forma que durante a tarde anterior, na ronda em torno do parque natural de Montesinho, a chuva causou moça no registo fotográfico...
Acho que para a próxima levo o equipamento subaquático ;-)
Da passagem por Celorico da Beira lembro-me apenas das tabuletas de desvios para os dólmens (os tais que há uns anos andei atrás e não encontrei...).
De repente (vindo do nada ;-) já era hora do lanche!...
Na altura acompanhávamos as margens do rio Alva, entre as serras da Estrela e do Açor (não que estas fossem visíveis... pois estavam totalmente encobertas pelas nuvens baixas).
Parecia cedo, mas a fome já apertava. O almoço (des)reforçado tinha muita culpa nesta situação.
Mas o lanche compensou!
Primeiro, a localização, num parque de campismo junto ao rio.
Depois, porque tinha parado de chover há pouco e até havia uns raios de sol que penetravam no arvoredo. Que bem que se deve ali estar no verão!
E, da comidinha propriamente dita, constavam umas sandes de queijo e fiambre acompanhadas de sumo e... (desta parte é que gostei mesmo!!!) leitão assado à Bairrada com ... vinho espumante fresquinho.
Não provei o espumante mas, ah.... desforrei-me no leitão ;-)
Tão bem que soube!
A história da viagem entre o local do lanche até Coimbra tem pouco que se lhe diga.
A Nacional 17 em dia de semana, hora de ponta, não dá para muito. Ainda assim, há sempre "aquelas" curvinhas a acompanhar o Mondego que ficam na memória.
Na foto (abaixo) a "livraria do Mondego". É uma formação rochosa curiosa.
"Fatias" de granito que se erguem de baixo para cima e que se assemelham, de alguma forma, a livros numa estante.
Mesmo ao lado deste local, a IP, registada no canto superior direito da foto. Fraca combinação esta...
Chegamos a Coimbra e contornámos a cidade pela sua "VCI". Muitas rotundas a atravessar no meio do trânsito.
Depois de tantos quilómetros por estradas e estradinhas do interior, voltar ao trânsito urbano é uma sensação estranha!
E depois de cruzar as margens do Mondego "por baixo" da Nacional, as cegonhas.
Muitas cegonhas!
Verdadeiros condomínios instalados nos postes de Alta-Tensão.
Mas também os arrozais, de Carolino.
Na altura estávamos com 10 min de avanço relativamente ao programado e teria valido a pena parar por aqui mais um pouco. Com certeza mais aqui do que no parque de estacionamento em frente à Moviflor, onde nos obrigaram (e muito bem!) a esperar os tais 10 min para picar a tarjeta...
Foi aqui que ouvi uns participantes a dizer: "esperar hora e meia para fazer um furo?? Nã... depois arranja-se um x-ato e fura-se isto!"
Enfim... não estavam imbuídos do espírito!
(imbuídos é bonito ;-)
Os 13 km finais foram muito engraçados.
Feitos pela margem direita do rio, atravessava uma zona habitacional antiga, de ruas estreitas, onde toda a gente veio à janela ou porta para ver passar as motos, acenar e cumprimentar os "passeantes".
Momento muito giro de Lés-a-Lés!
E lá chegamos nós em longa caravana, ao palanque do final da primeira etapa, colocado bem ao lado do novo estádio (que desconhecia).
E aí acontece o "azar" do dia: o José Luís chega à recta final com o pneu traseiro em baixo. Melhor sítio não podia ser ;-)
Nada de muito especial, mas era preciso reparar o problema.
Mas antes, o jantar.
Mais uma vez porco mas, agora sim, havia-o para toda a gente. Uma organização "a sério", com vários porcos à Obélix (sempre que vejo os porcos no espeto lembro-me desta personagem da banda desenhada ;-) e uma fila única.
Gostei do serviço e ainda por cima estava muito bom (a fome da altura também deve ajudar a esta opinião...)
Já de barriga atestada, voltamos para o ponto de chegada da caravana, onde tinha ficado a moto e, enquanto esperávamos pela carrinha de apoio, o José Luís foi avançando serviço, desmontando a roda e (tentando) tirar o pneu da jante.
Afinal, verificou-se que não era um furo, mas antes um problema na válvula.
Durante a reparação, o mecânico reparou que a corrente da XR estava bem laça e que o mais certo era não chegar a Sagres...
"- É melhor trocar", disse ele. E, por via das dúvidas, lá foi feita a troca...
Claro, né! Alguém diria que não naquela situação?
Ai descanso, que nunca mais chegas!
Mas chegou. Desta vez o equipamento não estava molhado e não foi necessário montar o estendal da noite anterior, pendurado no ar-condicionado (que pena não ter tirado uma pic do mesmo...)
Foi montar o roadbook para o dia seguinte, acertar o despertador para as 5:30, tomar um banho relaxante e... aterrar...
Até já!
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