No passado sábado, 7 de Fevereiro, um fantástico dia de sol ;-), fiz o meu primeiro passeio com a Transalp em areia.
A ideia já tinha surgido há uns meses, no final do País Dekarta, em que participei com o Sérgio Alves, entre Valongo e Santa Marta de Penaguião.
No meio de vários fins-de-semana ocupados, lá conseguimos este livre (embora em paralelo com outro aqui do grupo norte dos Nomad's... )
Além do meu baptismo neste tipo de terreno, a ideia do passeio era também criar um track que permita, num futuro próximo, realizar um passeio (ligeiramente) mais organizado, onde se possa convidar mais pessoal, quer para moto como para carro.
Além de mim e do Sérgio, compareceu ainda o Pedro (Vinhal ?), que tive imenso gosto em conhecer, quer pela simpatia, quer pela ajuda e incentivo que me foi dando durante todo o passeio.
Marcados no dia anterior pelo Sérgio, através de cartas militares e imagens do Google, os trilhos e waypoints começavam algures em Gafanha da Encarnação (para mim continua a ser "Aveiro" ;-), "descia" até Figueira da Foz, e voltavam até perto do ponto de partida.
No entanto, acabamos por fazer apenas uma versão mais curta do que o previsto, tendo feito "inversão de marcha" em Mira. Os reconhecimentos são mesmo assim, e nem por isso achei que o passeio tivesse sido propriamente curto... :-)
Enquanto "fazíamos horas", à espera do Pedro, que acordou um pouco mais tarde, resolvi fazer os primeiros ensaios.
O primeiro contacto que fiz com a areia foi... desastroso!
Em 300 m para lá, e de volta para cá, caí 4 vezes. com a agravante de ter ficado logo com as costas a "arder"...
Andar em areia mole não tem mesmo nada a ver com andar em terra, lama ou pedra. O tipo de condução é totalmente diferente!
Embora já me tivessem transmitido os conceitos teóricos necessários, a prática estava a faltar.
E cheguei mesmo a pensar em desistir rapidamente:
"Ora bem, se eu cair 4 vezes por 500 m, ao fim dos 50 km até à Figueira dá... um N demasiado grande de quedas, que eu provavelmente não aguento!!"
Mas não.
Depois de ter enchido novamente os pneus, pois esvaziei-os tanto à primeira, que ficaram abaixo de 0,5 bar... (daí o desvio até Ílhavo, que aparece na imagem anterior), lá entramos na areia "a sério".
(Para variar - não sei o que se está a passar comigo - voltei a não levar máquina fotográfica... :-(
Assim, a acompanhar o relato, aqui ficam algumas fotos de alta-qualidade ;-) tiradas pelo telemóvel do Sérgio.
É preciso é confiança e dar algum gás!!
Em segunda e/ou terceira pois em primeira não dá...
E lá fui eu, a andar sobre/entre areia ;-)
Na primeira subida (claro!...) lá fiquei atascado e a precisar de ajuda para sair dali...
É que além da experiência não existir, os pneus não eram propriamente adaptados ao terreno.
Pareciam slicks, com os rasgos cheios de areia :-O
Segundo os meus parceiros Nomad's, e de forma a motivar-me um pouco mais ;-) eu até consegui adquirir a técnica muito rapidamente.
O truque passa mesmo por "perder o medo" e manter uma velocidade razoável.
Mas nunca pensei que pudesse rolar em areia fofa, igual à da praia (...) a 60 km/h!!!
Mas é verdade!
Aqui estou eu, numa das muitas paragens que fomos fazendo, para descansar um pouco, ou apenas para duas de letra ;-)
E o Pedro, na sua atitude sempre positiva e divertida.
Mas nem tudo foram rosas...
É que se cair a 5 km/h não é bem cair, é mais deixar cair a moto para o lado, cair em velocidade é... um bocadinho pior!
Por muito fofa que possa ser a areia, um impacto maior deixou-me marcas no peito, por ter aterrado mesmo em cima do punho fechado. Neste momento, mais de 48 h depois, ainda estou (bastante) dorido...
Fez-me lembrar de uma queda semelhante, numa superfície ainda mais fofa, a neve, na minha primeira, e última até agora, experiência de ski, onde também estive uma semanita a Voltaren para recuperar... :-(
Depois de começar a andar na areia, o segundo aspecto a aprender rapidamente é que não se pode parar onde se quer, correndo o sério risco de ficar atascado ao tentar arrancar.
Aqui uma série de fotos onde essa foi a grande dificuldade, pois não parei bem no topo da subida, onde era suposto...
E claro que o resultado é ficarmos esgotados fisicamente e a precisar de uns bons minutos de descanso!!
;-)
Mas às vezes não há mesmo hipótese!...
Uma pequena distração, uma maior atravessadela e... já estás parado a meio duma subida e a precisar de ajuda para sair dali...
E... mais uma vez o Pedro na ajuda constante!
Obrigado ao Pedro e ao Sérgio pelas várias ajudas ao longo deste dia!
Alguns trilhos menos moles, onde dava para umas atravessadelas mais controladas... e outras nem por isso.
Posso estar enganado, mas na última foto, e bem no centro, havia um "baixo" onde a areia voltava a ficar completamente fofa e, ao atravessar por cima de uma raíz escondida, lá fui eu novamente ao tapete...
Acho que deve haver um filmezinho desta última queda do dia, mas isso só mesmo em "cenas do próximo episódio".
Até mais logo, pois ainda faltam mais umas fotos e filmes para terminar o relato.
3 comentários:
Para o que te havia de dar...
Para a próxima já sabes, levas as outras duas rodinhas e já não cais!... :-))
É verdade Pedro, para a proxima tenho que experimentar de 4 rodas.
Mas desconfio que quando atascar (porque vai acontecer garantidamente!...) vai dar ainda muito mais trabalho de o tirar.
:-)
mmmm, não sei, se calhar vais-te surpreender, mas leva os slicks... ;-))
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