10 junho 2008

Portugal Lés-a-Lés 2008 - o relato - 9

Depois das valentes curvas da serra com o mesmo nome, Monchique estava marcada como ponto de paragem para reabastecimento.
E se para mim era "a" paragem, para o José Luís era a 3ª do dia, dada a pouca capacidade do depósito da XR. Desta vez teve ainda que acrescentar algum óleo.
A Transalp, essa, continuava em plena forma, sem qualquer problema a reportar.


Já cheirava a praia...
O mar via-se de longe e as tabuletas já há muito que marcavam a proximidade do canto mais ocidental deste Algarve mas, para chegar a Sagres ainda havia que percorrer mais uns longos quilómetros...

Os últimos postos de "picagem" ficavam bem perto do mar, e melhor ainda, em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
Mais uma zona muito agradável para uma calma visita, longe do típico rebuliço dos veraneantes algarvios. Estradas estreitas, no meio de uma vegetação rasteira, onde mais uma vez me senti inebriado pelos aromas.
Com o sol a presentear-nos neste final de tarde, e ainda antes de passarmos às mais isoladas praias de Boca do Rio, Zavial e Ingrina, passamos mesmo em frente ao hotel que tínhamos marcado para essa noite, em Salema (já em Coimbra tinha acontecido a mesma coincidência...).


É desta... chegamos a Sagres.... Não. Ainda não.
Ainda faltavam umas últimas curvas e uns últimos troços de terra por entre algumas aldeias mais isoladas e mais típicas (será que isso ainda existe?).

É agora? Sim, chegamos!!
Mesmo em frente ao forte de Sagres, pôr do sol, com o cabo de São Vicente ao fundo. É que não podia ter acabado com melhor cenário!


Senti uma sensação de concretização, como se realmente tivesse feito alguma coisa de grandioso. Afinal, tinham sido mais de mil difíceis quilómetros e mais de muitas curvas...

E aqui estávamos nós, à hora exacta, com o palanque da chegada à vista.
O speaker a dar os parabéns a todos, principalmente àqueles que lá chegavam com pequenas máquinas, com motores de 50 cc. Isso sim, deve ser uma aventura a sério!...


Um desses grandes aventureiros, o Osvaldo, que todos os anos participa nesta "grande maluqueira" (como lhe chamei logo no início deste relato). Este ano, com uma Vaca com Halibute (Yamaha FS 1) foi o primeiro a chegar a Sagres, totalmente dentro do tempo. Pena o seu companheiro de sempre, o Torcato, não ter chegado sequer a Bragança, fruto de uma queda na viagem... As melhoras para ele!


Subimos o palanque, tiramos a foto oficial, descemos e recebemos o diploma de participação, juntamente com uns "recuerdos".
Um que gostei muito foi o livro "Motos - A paixão em segurança" de Paulo Noivo. Estou a lê-lo, com atenção, e a verificar que o gostava de o ter lido há uns anos... quando comecei a andar de moto. Já vai um pouco tarde mas ainda assim dá para aprender umas coisas.

Jantámos e rapidamente nos fizemos à estrada para voltarmos a Salema. O azimute estava agora traçado para... a cama.
O quê? Não há festejos, lançamento de fogo preso ou semelhante??
Eu sei, parece estranho, mas o descanso era merecido e muito necessário.
Mas há sempre tempo para uma última fotografia: praia de Salema à noite.


Fica apenas a faltar o regresso...

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