No dia do regresso já consegui acordar (muito ... ;-) mais tarde.
Deixei as 5 e acordei apenas às 6 horas. Já o sol iluminava as nuvens que pairavam sobre o mar calmo do sudoeste algarvio.
Mais uma vez, o primeiro impulso foi para o click...
... e para a confirmação se as bichinhas tinham passado bem a noite.
Sim, lá estavam elas, acompanhadas por mais umas 20, que entretanto tinham chegado para pernoitar no mesmo hotel.
O pensamento do dia estava totalmente voltado para o "regresso a casa" e para o rever da família, que se é obrigado a deixar para trás. É que se à partida até não sabe nada mal (admito ;-), ao fim de 3 dias a saudade aperta...
E, da mesma forma que durante o percurso do Lés-a-Lés a diferença de andamento entre a XL e a XR tinha provocado a necessidade de "liberdade", no regresso por autoestrada ainda seria mais crítico.
Assim, e por comum acordo, os EnduróTrail separaram-se logo após o pequeno almoço. A mais pequena XR partiu mais cedo, depois de um recomendado ajuste da tensão da corrente.
Objectivo: chegar ao Porto apenas pela estrada nacional, o que representaria uma verdadeira terceira etapa do Lés-a-Lés, com mais de 600 km...
Com desejos de "- Boa-viagem!" para ambos, lá nos despedimos.
Fazer 600 km seguidos, mesmo por autoestrada, não é pêra doce. Pelo contrário, é uma seca.
Este é sempre o sentimento à partida!
E antes dela, uma despedida fotográfica da praia de Salema, naquela muito agradável manhã de final de Maio.
Não parece (nada...), mas uma hora e meia antes destas fotos terem sido tiradas tinha caído um aguaceiro "daqueles", pesadíssimo!...
Ao contrário de muitas das praias da nossa costa, esta já tinha nadador salvador a postos. Aqui vai ele, a caminho de mais um salvamento ;-)
9:30 e aí vou para “cima”:
Salema; N125 até Lagos; A22 (Via do Infante); A2 (IP1) – meti gasolina na área de serviço de Almodôvar; A13 (IC11 e IC3) – meti gasolina na área de serviço de Salvaterra de Magos; IC10 (à passagem por Santarém); A1 (por apenas 500 m...); A15 (IP6); A8 (IC1); A17 (continuação da IC1); A25 (IP5) – tive que “suar” um pouco para chegar à área de serviço de Aveiro. Já ia nos fumos... A A17 está completa mas não tem áreas de serviço. Mesmo assim, prefiro, por muito, utilizar esta alternativa à A1, pela serenidade com que se consegue rolar; A1 (IP1) – até Estarreja; A29 (IC1); A20 (IP1) – passagem pelo Freixo; A20 (IC23 - VCI); A3 (IP1); A41 (IC24); Casa, às 15:45.
Com a atenção necessária para percorrer todas estas estradas, de "seca" a viagem não teve nada.
Foram 636 km de percurso, perfeitamente nas calmas, como atestam as seis horas e um quarto de viagem, contando com as três paragens para reabastecimento e uma para comer qualquer coisa.
Foi um tirinho! ;-)
A máquina merecia descanso!
Não deu qualquer problema, nenhum susto, nada.
Da outra vez, em 2005, o cabo de retorno do acelerador tinha partido (no engate do punho), provavelmente devido a uma montagem defeituosa. Mesmo assim, permitiu fazer todo o percurso sem precisar de assistência.
Desta vez, zero falhas.
Para terminar, vamos a contas:
Inscrição no Lés-a-Lés: 125 €
Gasolina:
Gasto total: 109,8 €
Média total: 5,48 l/100 km
Média mínima (zona norte, antes de Coimbra): 4,57 l/100 km
Média Máxima (autoestrada, claro!): 7,67 l/100 km
Portagens de autoestrada: 39,3 €
Alojamento (apenas a minha parte - metade dos quartos): 75,4 €
Refeições (um almoço, um pequeno-almoço e... cafés): 12,3 €
Gastos totais: 360,8 €
Se a este valor ainda somar os componentes de desgaste da moto (pois sempre são 2000 km...) o valor chega, em números redondos, aos 400 euros.
Visto assim até pode parecer um valor um pouco puxado, mas valeu a pena.
Ah, se valeu!
1 comentário:
Quem sabe o lés a lés não contará, num futuro com duas equipas "familiares": Joaquim, Mónica, Gonçalo e Guilherme. A leituras destas crónicas assim inspiram...
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