02 outubro 2017

Angola - #7.1

Passados 6 anos (seis!!) desde o último post relativo à viagem a Angola, Angola - #6-5, vou tentar retomá-la.
Logo percebi que não será fácil... pois os lugares e respectivas localizações, que tinham ficado registadas "cá dentro", são já uma memória longínqua, de umas férias de 2010...
Mas os registos fotográficos, valiosos registos fotográficos, ainda constam do meu disco duro, por isso aqui vamos...

Lubango, 06:02 da manhã. 
Os galos ainda dormiam e nós já tínhamos despertado. O objectivo do dia era chegar a Huambo. Um longo percurso, de mais de 500 km, por estradas e picadas, grande parte delas já percorridas dois dias antes.

A esta distância, mais de 7 anos, lembro-me ainda de um pormenor que achei curioso: ao pequeno-almoço, na mesa ao lado da nossa estavam dois "caubóis", de chapéu e botas ao estilo texano.
Ainda que falassem inglês, não deveriam ser americanos. Talvez sul-africanos, em negócio de gado. Na província da Huíla existem milhares de cabeças...


À entrada do Grande Hotel da Huíla, onde ficamos por duas noites nesta viagem.
Uma das placas que se encontravam (encontram ainda?) espalhadas pelos principais pontos turísticos da província: uma prova da importância que este hotel tem, ou já teve.


Ainda à porta do hotel, na rua Dr. Agostinho Neto.
Os tons amarelos, típicos da região, ainda se tornavam mais quentes.


Logo à saída, passagem na praça João Paulo II, junto ao centro comercial/casino Millennium.
Registo do emblemático monumento construído e inaugurado em 1973 pelo arquitecto Luís Taquelim Cruz, em homenagem ao Marquês de Sá da Bandeira, figura proeminente das guerras liberais portuguesas, em particular do Cerco do Porto.
Esta designação, com a mesma origem da rua de Sá da Bandeira, no Porto, foi atribuída, primeiro à colónia, instituída em 1885 e depois à vila, em 1901. Em 1975, como muitos dos topónimos de origem portuguesa, foi alterado para Lubango.

Pena a altura do dia, que deixava a praça à sombra, com pouco contraste...


Depois de uma visita rápida à fábrica de gás onde o meu sogro trabalhava na altura, lá seguimos nós, ainda com o sol baixo.
Saída de Lubango, sempre com os morros em fundo e o Cristo Rei a dominar, no alto dos mais de 2100 m de altitude!



Alguns pormenores matinais do bulício da cidade.

Casa Azul em fundo, na passagem sobre o pequeno e muito poluído rio Mukufi, ainda no centro de Lubango.



Posto de venda, à hora ainda fechado, da N'gola, a cerveja produzida na cidade.
Gosto mais da Cuca, mas esta, com um sabor intenso a cereal, também se bebe muito bem.
Pelos vistos não sou o único a achar isto, pois estão actualmente a alargar a produção e com vontade de se internacionalizar.


As diferenças entre um gerador, uma mota e uma televisão não devem ser muitas, pois não??!!...



Longas rectas no planalto do sul de Angola, direcção nordeste, entre a paisagem de savana da região.
Se antigamente por ali existiam muitos animais selvagens de largo porte, os anos de guerra e a (ainda) existente caça furtiva levam a que exista principalmente gado bovino.
Da estrada via-se algum, não muito.



Uma da pequeníssimas banana-macaco, consumidas na viagem.
Pequenas mas muito doces.


Para terminar este "regresso", e ainda a pouco mais de 50 km de Lubango, registo da passagem pela comuna de Hoque.
Nitidamente uma terra fértil, com muita produção agrícola, mas difícil de encontrar informação sobre a mesma.
Menos ainda sobre o rio que a atravessa e que me chamou a atenção, depois de quilómetros de secura.





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