09 setembro 2012

Leça - de Alfena à nascente

Gosto de caminhadas!
De caminhadas de natureza, principalmente.
De andar no monte, por entre terra, pedras e vegetação.
Mas gosto de caminhar, mais, muito mais, do que correr.

Depois de ter iniciado a "atividade" em finais de Março, com um primeiro reconhecimento pela serra da Santa Justa, e depois do passeio com um grupo de amigos, parei.
Nesta última semana resolvi voltar à carga.
E à carga a sério.
A ideia é chegar de Alfena à nascente do rio Leça, sempre a acompanhar, o mais possível, as suas margens.

Sábado passado foram 36 km. Ontem mais 20.
Uma distância considerável para mim, tendo em conta que as minhas deslocações são normalmente feitas sobre duas ou quatro rodas...



O percurso que fiz a semana passada é quase sempre plano, com apenas algumas subidinhas.
E é natural que assim seja, pois estamos no vale do Leça, já depois do rio ter descido das montanhas.
A maior parte do percurso, nesta zona, é feito em caminhos ou estradas com bom piso, empedrado ou asfaltado.
Só em curtas ligações usei caminhos de terra, por entre campos ou monte.


 

Pouco depois de entrar em terras de Santo Tirso, em Água Longa, surge um primeiro trilho pedestre marcado pelo município. Bem que o tentei acompanhar... mas não é fácil.
Já foi marcado nitidamente há uns largos anos e os sinais, pintados nos postes ou paredes, estão a desaparecer.
Além disso, parece-me que quem o marcou percebia "pouco da poda". Há imensos cruzamentos e entroncamentos sem sinalização e há rectas de 500 m, sem qualquer possibilidade de desvio, com sinalização a meio...
Ainda assim, é uma ajuda grande para quem anda a tentar fazer um reconhecimento de percurso, sem fazer antes uma preparação decente.




Ontem já não saí de casa a pé.
Levei o carro até ao ponto mais extremo que tinha atingido da vez anterior e comecei a pé a partir daí.
20 km parece menos (e é, claro! ;) mas deixaram de ser quilómetros planos para serem a subir.
E em alguns troços sobe de tal maneira que mais parece que estamos a escalar (usando as mãos para ajudar deixamos de caminhar e passamos a escalar, certo?)
Mas é esta precisamente a parte mais interessante em termos de paisagem ribeirinha.
Aqui, acompanhamos o Leça no seu percurso mais violento, saltando enormes penedos graníticos.
Como estamos no final do verão o caudal é mínimo, mas ainda tem alguma água...



As fotos deste post, como dá para notar, são de "qualidade telefónica".
Como a ideia inicial era apenas caminhar, fazendo um reconhecimento do reconhecimento, não pensei sequer em levar câmara.
No primeiro dia não senti grande necessidade, mas neste segundo dia... fiquei com a sensação que fiz mal. Nada, nunca, é só "isto ou aquilo".
A máquina fotográfica é uma necessidade física! ;)

E aí está ele, o trilho já marcado no google earth, com informação de altimetria e tudo.
A fazer num destes dias...




 

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