Leba, em Angola, é nome de serra.
Mas não é uma serra qualquer!
Verdadeiro ícone, a serra da Leba é uma enorme e natural muralha, que obrigou a um gigantesco exercício de engenharia para a ultrapassar.
No sentido Lubango-Namibe, aquele que fizemos de manhã, desce-se do planalto, a 1700 m, muito rapidamente para os 700 m de altitude!!
Para notar a escala "da coisa", de reparar, na primeira imagem, num camião "TIR" avariado logo na primeira curva mais apertada, de baixo para cima.
A passagem é feita por uma estreita brecha, por entre aqueles maciços rochosos, numa estrada com curvas em zigue-zague.
Só a estrada já chegava para tornar esta viagem memorável, mas a combinação da estrada com aquele pendente é mesmo impressionante!
Pena que o dia não estivesse totalmente claro para que as fotografias ficassem um pouco melhores. Mas já assim não dá para queixar muito ;-)
No sopé desta massiva montanha ainda tem uns quilómetros de "verde" (apontamento que deixo para um próximo post) mas logo o deserto entra em cena.
O deserto do Namibe, o mesmo que cobre grande parte do país com que Angola faz fronteira a sul, a Namíbia.
A paisagem aqui passa, primeiro, por ainda ter alguns arbustos rasteiros, mas rapidamente passa a ser completamente seca.
Mas o que mais me impressionou foram os enormes "calhaus", aparentemente graníticos, que "por lá foram largados" e por entre os quais a estrada vai serpenteando enquanto desce ao nível do mar.
Os da fotografia seguinte atingem alturas entre os 150 e os 180 m, mas o maior, um pouco atrás, chega aos 800m !!
Quando se chega ao vale do rio Giraul (ou Giraúl) tem-se uma surpresa :-o
Um perfeito oásis verde, para quem já vem, há uns largos quilómetros, a atravessar a secura do deserto.
Secura e calor. Um imenso calor!
Não sei qual a temperatura atingida (o carro não tinha termómetro) mas era garantidamente... muita ;-)
Em todo o périplo africano o deserto foi o único sítio onde se sentiu calor dentro do carro, mesmo com o ar condicionado no máximo!!...
E hoje, ao procurar informações sobre o rio Giraul, percebi que a ponte de Giraul de Cima, que permite(ia) a passagem de Lubango para Namibe... desabou com a enxurrada que houve há uns meses.
Quando lá passamos, em Agosto passado, nada o fazia prever.
A estrada e a própria ponte tinham um aspecto extremamente robusto. Mas a razão principal para dizer que nada o fazia prever é a cena da imagem seguinte: a feira da localidade, instalada em pleno leito seco do rio!...
Depois de atravessar o vale volta-se ao deserto.
Durante quilómetros os tons caqui e castanhos são rasgados apenas pelo preto do asfalto.
Curiosamente, mesmo debaixo daquela tórrida temperatura, a estrada está em perfeitas condições e bem sinalizada.
O deserto estende-se mesmo até à cidade.
Antes de lá ter estado já tinha visto umas imagens do Namibe, num programa da RTP onde vários jovens portugueses relatavam a sua experiência de viver lá actualmente. Tinha visto as imagens do deserto, mas não tinha percebido o quão isolada estava a cidade...
Mas enquanto o deserto ficava à porta, o nevoeiro entrava portas dentro!
Namibe fica "por baixo" daquela faixa cinzenta, lá ao fundo...
E por hoje fico-me por aqui, pela passagem na ponte 10 de Dezembro, sobre o rio Bero, mesmo à entrada de Namibe (ao fundo, no sentido do mar, é visível ainda a ponte ferroviária).
O Bero era apenas mais um rio seco que por esta altura estava convertido numa verdadeira horta.
Imagino como aquilo teria ficado depois da enxurrada....
Mas não é uma serra qualquer!
Verdadeiro ícone, a serra da Leba é uma enorme e natural muralha, que obrigou a um gigantesco exercício de engenharia para a ultrapassar.
No sentido Lubango-Namibe, aquele que fizemos de manhã, desce-se do planalto, a 1700 m, muito rapidamente para os 700 m de altitude!!
Para notar a escala "da coisa", de reparar, na primeira imagem, num camião "TIR" avariado logo na primeira curva mais apertada, de baixo para cima.
A passagem é feita por uma estreita brecha, por entre aqueles maciços rochosos, numa estrada com curvas em zigue-zague.
Só a estrada já chegava para tornar esta viagem memorável, mas a combinação da estrada com aquele pendente é mesmo impressionante!
Pena que o dia não estivesse totalmente claro para que as fotografias ficassem um pouco melhores. Mas já assim não dá para queixar muito ;-)
No sopé desta massiva montanha ainda tem uns quilómetros de "verde" (apontamento que deixo para um próximo post) mas logo o deserto entra em cena.
O deserto do Namibe, o mesmo que cobre grande parte do país com que Angola faz fronteira a sul, a Namíbia.
A paisagem aqui passa, primeiro, por ainda ter alguns arbustos rasteiros, mas rapidamente passa a ser completamente seca.
Mas o que mais me impressionou foram os enormes "calhaus", aparentemente graníticos, que "por lá foram largados" e por entre os quais a estrada vai serpenteando enquanto desce ao nível do mar.
Os da fotografia seguinte atingem alturas entre os 150 e os 180 m, mas o maior, um pouco atrás, chega aos 800m !!
Quando se chega ao vale do rio Giraul (ou Giraúl) tem-se uma surpresa :-o
Um perfeito oásis verde, para quem já vem, há uns largos quilómetros, a atravessar a secura do deserto.
Secura e calor. Um imenso calor!
Não sei qual a temperatura atingida (o carro não tinha termómetro) mas era garantidamente... muita ;-)
Em todo o périplo africano o deserto foi o único sítio onde se sentiu calor dentro do carro, mesmo com o ar condicionado no máximo!!...
E hoje, ao procurar informações sobre o rio Giraul, percebi que a ponte de Giraul de Cima, que permite(ia) a passagem de Lubango para Namibe... desabou com a enxurrada que houve há uns meses.
Quando lá passamos, em Agosto passado, nada o fazia prever.
A estrada e a própria ponte tinham um aspecto extremamente robusto. Mas a razão principal para dizer que nada o fazia prever é a cena da imagem seguinte: a feira da localidade, instalada em pleno leito seco do rio!...
Depois de atravessar o vale volta-se ao deserto.
Durante quilómetros os tons caqui e castanhos são rasgados apenas pelo preto do asfalto.
Curiosamente, mesmo debaixo daquela tórrida temperatura, a estrada está em perfeitas condições e bem sinalizada.
O deserto estende-se mesmo até à cidade.
Antes de lá ter estado já tinha visto umas imagens do Namibe, num programa da RTP onde vários jovens portugueses relatavam a sua experiência de viver lá actualmente. Tinha visto as imagens do deserto, mas não tinha percebido o quão isolada estava a cidade...
Mas enquanto o deserto ficava à porta, o nevoeiro entrava portas dentro!
Namibe fica "por baixo" daquela faixa cinzenta, lá ao fundo...
E por hoje fico-me por aqui, pela passagem na ponte 10 de Dezembro, sobre o rio Bero, mesmo à entrada de Namibe (ao fundo, no sentido do mar, é visível ainda a ponte ferroviária).
O Bero era apenas mais um rio seco que por esta altura estava convertido numa verdadeira horta.
Imagino como aquilo teria ficado depois da enxurrada....