30 março 2009

A sul do Cávado e do Rabagão - 1

Sábado, 14 de Março.
Um dia de sol e temperatura muito agradável, como se fez sentir durante praticamente todo este terceiro mês do ano.
O destino, percorrer uns trilhos marcados pelo Rui Martins nas serras da Cabreira e Barroso, em mais um passeio do Clube Audio TT.
O ponto de encontro voltou a ser nas Cerdeirinhas, junto à nacional Braga-Chaves, antes do desvio para Vieira do Minho. Um ponto de fácil acesso para todos (já no tempo da truta, era lá que parávamos para lanchar, antes de rumar a casa)


Desta vez, o número de participantes era grande, onde três dos carros eram novos nestas andanças: um Jeep Wrangler, um Cherokee e um Pajero "autocarro".
O Wrangler vermelho, do Paulo, amigo da Mónica, foi comprado recentemente para estas aventuras e, embora já tivesse feito uns pequenos troços em terra, iria fazer aqui a sua estreia ;-)

E que bem que se portou!
Embora não tivessemos feito nenhuma dificuldade mais séria, alguns dos troços do dia eram bem trialeiros, com muito mão-de-obra necessária.
O Paulo esteve muito bem, pelo menos por aquilo que deu a perceber.
Parabéns! Para a próxima lá nos encontramos novamente :-)


A paisagem, essa, é fantástica!
A Cabreira nestes dias de sol limpo mostra toda a sua beleza, com o Gerês em fundo, e as barragens da Caniçada e da Venda Nova lá "em baixo".

Alguns dos locais ficam definitivamente na memória.
O das fotos seguintes lembrava-me de lá ter estado há uns anos, num dia de nevoeiro, sem visibilidade nenhuma.
Os muros de pedra, um portão, e dois cavalos brancos são o suficiente para activar algumas ligações neuronais e fazer recordar bons momentos passados!


A pequena grande máquina, o Pinin, e como é costume, esteve sempre à altura.
:-))
Com a Mónica e o Gonçalo, fez tudo "a brincar", embora tenha roçado algumas vezes com as protecções, principalmente nas zonas mais pedregosas, mais para o final do passeio.
Nada de especial, tendo em consideração os grandes penedos e buracos que por vezes passávamos, e que faziam a Mónica agarrar-se de tal maneira que ficou com os músculos doridos no final do passeio ;-)


Uma das alturas em que a Mónica mais se assustou foi quando circulávamos atrás do Pajero "das meninas".
É que por vezes os sítios ecolhidos para passar não eram os mais "recomendáveis" e as rodas traseiras iam... lá para cima. Como quem estava com a função de fotografar era a Mónica, não há exemplos destes "levantar da patinha"...
Pena!


E se por vezes a paisagem mostra a sua dureza pela secura, em outras, e quando atravessamos alguns vales, a paisagem tornava-se mais verdejante.
Mas não muito, é curioso!
As cores da Cabreira, mesmo às portas da primavera, mais parecem de meio do Outono, com a queda da folha.


E precisamente na apanha da folha estava um grupo grande de pessoas no parque de Linharelhos, onde paramos para o reforço da manhã.
As folhas eram apanhadas e queimadas de forma a manter o chão livre, e para que a verdura da erva rasteira pudesse despontar!
O ambiente criado com todo aquele fumo era muito curioso. Parecia nevoeiro em dia de sol. ;-)


E lá continuamos, numa toada cada vez menos serrana, à medida que nos afastávamos dos picos da Cabreira.
Agora sim, algum verde.
No entanto, a dureza estava lá, em forma de pedras, calhaus, penedos...


E se nos tínhamos afastado do picos durante um pouco, eis que lá estávamos nós novamente.
É que nem o nome deixava enganar, quando passamos pelas "casas serranas".
:-)
Aqui, num ponto de reunião, dos muitos que fizemos ao longo do dia, e que o pessoal aproveita pra pôr a "treta" em dia ;-)


E se da parte da tarde é que estavam previstos os trilhos mais estreitos, antes do almoço já tivemos umas amostras...
Passagens estreitas, entre muros, e com pedra solta no piso, faziam com que todos tivessem que passar com mais cuidado para que a pintura exterior se mantivesse em condições.
Nada de assustar, excepto à minha co-piloto... :-))


Nada de assustar, mas os cuidados, esses, nunca são de mais.
Em uma das vezes parei mesmo para afastar um grande calhau que tinha rolado para o meio, depois do carro que ia minha frente passar.
A Navara, alterada em termos de suspensão e jantes, estava tão avantajada lateralmente, que roçava em muitas pedras laterais, fazendo-as rolar para "dentro".
A Mónica é que gostou do estilo dela. Larga e com uma rede no lugar da tampa traseira.
Parece que se pudesse escolher, seria uma destas para ela ;-)



O Hélder, que não ia ao volante do seu Defender naquela altura, saiu para me ajudar a retirar um tronco que tinha dobrado e batido na embaladeira do lado direito.
Um tronco safado! ;-)
Se o Pinin, pela sua pouca largura, passa em quase todo o lado com facilidade, não deixa de ser interessante ver alguns carros maiores a passar em sítios estreitos. Onde eu passo à vontade, alguns têm que fazer manobras.
Os carros pequenos sempre têm as suas vantagens ;-)


E hoje fico-me mesmo por aqui.
A caminho do almoço, com uma das muitas fotografias que o Gonçalo tirou.
É muito engraçado perceber, através das fotos, os pormenores que ele vê.
Houve uma altura em que andou a tirar fotografias às rodas de todos os carros...
Aqui, aos pais "malucos", que o trazem para estes sítios, lindos do nosso Portugal!
:-))

1 comentário:

Anónimo disse...

Com tantas nomeações já quase que me sinto galardoada; "and the oscar for co-piloting goes to..."
Beijos