30 dezembro 2009

Cursando Condução Todo-o-Terreno

Com um título em brasilêro (...) começo a descrição de uma actividade em que participei há mais de 3 meses, em 19 de Setembro, mas que, com o início de 2010, voltou a ganhar actualidade (já explico...).

O evento teve lugar numa quinta de Marco de Canaveses, mais propriamente em Livração, e correspondeu a um estágio de condução Todo-o-Terreno que o piloto Pedro Bianchi Prata ofereceu a alguns elementos do Moto Clube do Porto em troca da disponibilidade para comissariar uma prova de Enduro, uns meses antes.


A ideia era melhorar a minha condução em Todo-o-Terreno, com a Transalp, embora soubesse de antemão que o curso seria mais dirigido à condução de Enduro e não propriamente de Trail.
Com três motos BMW G450 X Dakar, da escola, e mais duas, de outros tantos sócios, fomos experimentando as diferentes técnicas propostas pelo "professor" Bianchi Prata.


Curioso foi perceber que, embora todos os que lá estávamos já tivéssemos alguma prática em condução TT, pelos passeios para Trail que temos feito, praticamente ninguém tinha grande prática de condução neste tipo de moto, mais endurista e de tacto muito distinto das Trail.

A posição de condução de pé é (quase) obrigatória, mantendo os cotovelos abertos e com o peito sempre por cima do guiador. Mas isto nem é nada de muito complicado.
O mais difícil de habituar é à travagem, principalmente com o travão da frente. Mais uma vez, ninguém estava habituado a tal. Parecia um contra-senso para todos.
Mas resulta! É apenas uma questão de dosear a maneta até atingir o limite de bloqueio, mantendo sempre um cheirinho do travão traseiro, para equilibrar.


Depois de uma primeira sessão na pista de motocross e à volta das vinhas da quinta, saímos para outra localização: uma nova quinta, a cerca de 1 km da primeira, que proporcionava uma nova pista em torno da mesma.
Aproveitando para uma sessão fotográfica...
;-)


Mas antes de circularmos em volta da mesma, nova sessão de treino: travagem forçada antes de curvar à direita.
Nesta tivemos direito a exemplificação e de ficarmos todos (mas todos mesmo!) de queixo caído.
O Pedro, que sem equipamento não queria exagerar (dizia ele!!...) fez uma derrapagem controlada com a roda da frente de uns bons dez metros, antes de fazer a curva.
E esta nem era a forma de curvar à competição!


Nós lá íamos tentando... mas a coisa é mais complicada do que parece.
Ou se trava muito cedo, ou a roda foge demasiado para o lado errado, ou...
Mas era muito interessante verificar o poder de travagem das G450, preparadas para competição com alguns elementos de grande qualidade, como eram as suspensões (só elas ficavam por mais aérios que a minha Transalp!... ;-)
E então quando comparadas com as outras duas, uma Honda 350 e uma Yamaha 250 (a dois tempos), completamente stock, é que se notava a grande diferença...


Mas o ponto alto do dia estava a chegar.
Pudemos todos testar, em duas voltas à pista, a moto de competição do Pedro Bianchi Prata.
Que excitação!!
Uma moto que tinha chegado há muito pouco do Brasil, onde tinha competido no Rally do Sertões, obtendo um 23º lugar.
Ainda vinha com gasolina brasileira no depósito e o resultado eram uns alucinantes rateres de cada vez que se reduzia para mais uma curva.
Apaixonante!
Todo aquele comportamento de competição, com uma suspensão que parece ultrapassar todas as dificuldades sem qualquer dificuldade.
Adorei!


Claro que uma moto destas conduzida por mim deixa muito por desvendar!...
É nas mãos de um piloto profissional, que treina umas horas diárias em cima dela, que se revela em absoluto.
Outras amostras de domínio foram mostradas na sessão de saltos.
Uma coisa é vê-los a saltar na televisão, em provas de motocross ou de exibição, mas outra bem diferente é vê-los mesmo à frente!...
Chega a ser assustador.


Mas isto foi há três meses pois agora a "bichinha" está novamente na América do Sul, desta vez na Argentina, já em parque fechado depois das verificações técnicas, preparada para arrancar amanhã, dia 1 de Janeiro, no Rally Dakar.
O Pedro Bianchi Prata vai participar uma terceira vez nesta mítica prova, pela segunda, infelizmente, fora de Africa.

Pena que também não lá esteja...
Quem sabe qualquer dia ;-)
É que com a perícia de condução TT que ganhei neste curso, ninguém me segurava!!
Reparem neste saltos. Quase que saía do chão!
:-)))


O encontro terminou com os pés debaixo da mesa, num belo repasto também oferecido pela "casa".

Quanto ao estágio, gostei e vale a pena!
Os links que deixei atrás permitem facilmente obter os contactos para marcar um curso.
Ainda estou a pensar em marcar um para o Gonçalo.
Em 2010, já com 8 anos, pode ser uma prenda engraçada...

27 dezembro 2009

Espanta-Espíritos de Natal

Há muito que não fazia isto: uma apresentação de pormenores.
Especificamente, uma apresentação de pormenores florais.

Mas estando nós a atravessar a quadra mais espiritual (ou será que quero dizer doce?) do ano, começo com um espanta-espírito, daqueles que os "deixam lá fora" quando está vento.
E oh!, como tem estado vento!!...


A natureza é realmente uma coisa poderosa e fora da nossa compreensão.
Depois de uma semana absolutamente tempestuosa, como há pouca memória de tal, despontam pormenores destes, tão delicados.


Mas as Camélias não são as únicas a florir e a colorir os jardins neste início de inverno.
Na imagem seguinte só se consegue perceber o pormenor se se expandir para o tamanho total da fotografia (clicando em cima da mesma). E mesmo assim...
Uma spider-net, de fio super fino, que resistiu à chuva e ao vento.


Um exemplar, em botão, das minhas preferidas, as rosas.


São picos senhor, são picos!
Sem as tradicionais bolinhas vermelhas, que ficaram todas na foto de cima, o azevinho sob efeito de urticária.
;-)


E para contrastar com a rudeza dos espinhos do azevinho, termino com mais dois pormenores de delicada beleza.

22 dezembro 2009

Motard Mónica

That's true!
By the end of our summer vacations I have managed to convince Mónica to take a motorbike ride with me.
A small one, but never the less, a Transalp ride.
And here she is, prepared to go.


She liked it, I’m sure!
But I’m guessing that she did not become a fan, mainly due to the few rain drops that we caught on the way home...
;-)

Perhaps we can try it again next year!!!...
:-)))

16 dezembro 2009

O Lago da Quinta

Ainda no dia 17 (o de Agosto, claro!), recebemos a visita dos tios, que também passavam férias no Algarve na mesma altura.
Depois de uma piscininha no próprio hotel fomos visitar o mall que fica bem à entrada da Quinta do Lago.
Este é o local de encontro da finesse local.
À noite é mais notório mas de dia também se percebe, principalmente pela concentração de Porsche's e afins, no parque de estacionamento...!
Tinha também sido aqui que, uns dias antes, houve um show qualquer da Caras, onde juntaram os jet-set da nossa praça.

Tudo muito chique. Muito chique!!
;-))


Mas "o" shopping, na realidade são dois.
O mais e o menos (mais antigo) chique, separados fisicamente pelo parque de estacionamento.
E foi no segundo que almoçamos neste dia, numa esplanada que utilizamos por diversas vezes.
Era curioso verificar que, no meio de um local tão in, se conseguia comer bem e por um preço muito razoável.

Além da comida, o que ficou na retina foram as buganvílias.
Muito coloridas, criavam um ambiente muito interessante e caloroso (embora calor fosse uma coisa que por lá não faltasse em parte alguma!...).


E precisamente para evitar o calor, antes da hora da praia, fizemos um tour guiado à Quinta.
Desta vez seguimos um pouco até mais abaixo e paramos junto ao Lago, que fica mesmo encostado à ria.
Continuamos em ambiente "in", embora "out" da apetecível água.
A temperatura do ar rondava os 35 ºC e apetecia mesmo era estar dentro do carro, com o ar condicionado ligado ;-)

15 dezembro 2009

Arando águas calmas

Dia 17.
O de Dezembro ainda não chegou, mas este é o de Agosto.
E, ao contrário dos zero graus de hoje de manhã, naquele dia as temperaturas passaram bem acima dos 30ºC...
Fica uma imagem, do Gui, que "lavrava a bom lavrar"!
;-)

08 dezembro 2009

Luz poente

Voltando às férias (que pelo andar da carroça não vão terminar este ano - que fantástico! !-), mais quatro pics da praia do costume.

Os últimos raios de luz sobre a praia do Ancão, num quente e magnífico fim-de-tarde em meados de Agosto.
Se o blog não servisse para mais nada servia para isto mesmo:
recordar fotograficamente os bons momentos passados.


Este foi um pôr-do-sol verdadeiramente ... lindo!
Ficamos um tempo parados, a observar o sol que lentamente se escondia no horizonte...

As fotografias, tiradas com uma cansada e carregada de pó P150, não transmitem um quinto da beleza deste fim-de-tarde.
Ainda assim, cá estão elas, as duas menos empoeiradas e sem qualquer tratamento (excepto uns cropezitos ;-)


Até amanhã, sol!

30 novembro 2009

Consumos do Pajero Pinin 1.8

Ao fim de quase 7 anos, apresento um gráfico com todos os dados referentes aos consumos de combustível que fiz com o Pinin, desde Junho de 2002 até hoje.

Este é um assunto que ando há já algum tempo para publicar.
Depois de olhar para o registo de acessos a este Aventuras Blogais, derivados de pesquisa por palavras chave, percebi que este é um dos temas mais pesquisados, logo atrás dos "Amigos, de Fernando Pessoa" (que já eram muitos, e na altura dele não havia facebooks!... ;-)


Interpretando e analisando o que está no gráfico:

O traço mais uniforme e mais central, a vermelho, corresponde à média global, desde a primeira vez que o carro foi atestado, até hoje.
O seu valor final é de 9,81 L/100km.
Durante os dois primeiros anos rondou os 9,6 L/100km, mas em 2006 e 2007 chegou muito perto dos 10,0.

Registei, no mesmo gráfico, os valores das médias calculadas ano a ano.
Se no início, nos dois primeiros anos, se percebe uma constância grande, a partir de um certo ponto é notória uma grande variação.
A razão para isto está em ter deixado (por razões várias) de atestar sempre o depósito. Por vezes metia apenas 10 € (por exemplo), o que "estraga" totalmente o calculo da média. Daí, nem sequer representar os consumos individuais, por depósito...

Para cada ano tracei também a linha de tendência, calculada pela média de 5 ou 6 consumos.
Destes, é interessante constatar os grandes consumos verificados nos anos de 2005 a 2007. É impressionante a correspondência com o período de enorme stress que estes anos foram para mim!...
Por outro lado, 2005 também foi o ano em que comprei a Transalp. Posso ter sido tentado, inconscientemente, a manter o mesmo ritmo de andamento no Pinin. É possível!...

Neste último ano, de 2009, os consumos voltaram a baixar muito, para os mais baixos de sempre.
Cheguei a conseguir fazer valores de 8,5 L/100km de média por depósito, que é um valor muito bom para o Pinin. A um mês de finalizar o ano, 2009 está com uma média de 9,2 L/100km.
Valores inferiores a isto são possíveis, mas não correspondem à minha utilização normal.
Como exemplo disto, o menor consumo que fiz num depósito foi de 7,6 L/100km, feito em estrada livre, a rolar muito certinho, sem trânsito, a rondar os 70 km/h. Durante os primeiros 100 km consegui mesmo manter os 6,5 L/100km...
Mas tenho também o perfeito exemplo do oposto: com o carro ainda frio, e ao terminar uma subida de 2 km, em pedra, feita em 1ª velocidade, o computador de bordo indicava o módico valor de 27,2 L/100km!!!...


Mostro ainda um segundo gráfico que considero ter um certo valor histórico.
Nele são registados o valor médio do custo da gasolina, por ano, e, também por ano, a distância percorrida.


Há umas semanas li, num artigo de jornal, que estamos actualmente em deflação e que a gasolina estava dentro dos produtos que mais tinha desvalorizado neste ano de 2009.
É verdade. O valor que estamos a pagar actualmente é inferior ao valor médio de 2006!!

Na distância anual percorrida verifica-se uma normal diminuição a partir de 2005.
Estabilizou nos 8000 km, o que ainda é um valor relativamente elevado, considerando que em cerca de metade dos dias de semana circulo de Transalp.

Para finalizar, dois valores globais: gastei, com o Pinin, em quase 6 anos e meio, 6971 litros de gasolina, o que corresponde a 7923 €.

23 novembro 2009

Subida lubrificada

Sábado 21.
Dia de chuva. De muita chuva!
Sim, de chuva, mas também de TT. De Audio-TT.

Este, para mim, acabou por ser só meio passeio, devido a não ter arriscado sair de manhã, pela fresca...
Problemas de saúde, característicos da época, assim o aconselhavam!

O ponto de encontro foi no restaurante, à hora de almoço, às 14.
Três rapazes era o nome da casa. Tantos rapazes como o éramos dentro do carro.
Eu e... estes dois, que quando apanhavam a mais pequena brecha só queriam era esticar as pernas.
E esticá-las... rapidamente!
;-)))



Depois de um longo e muito agradável almoço, lá saímos.
Eram já 5 da tarde...
Enquanto os outros pingavam lama, o Pinin (a quem, por ser desenhado e construído por Pininfarina, chamaram aqui o "Ferrari dos Jipes" - termo que gostei bastante :-)) estava ainda super lustroso.
;-)



Estávamos em Rates.
Há muito que conhecia este nome do Todo-o-Terreno mas nunca lá tinha ido (na realidade continuo sem conhecer porque não cheguei a passar mesmo no centro...).
E não conheci a terra nem o terreno.
É que rapidamente escureceu e partir das 5 e meia já não se via nada.
Este acaba por ser o maior problema de fazer actividades no exterior perto do solstício de inverno...

Da paisagem ficou-me o muito verde que reina por Rates.



O passeio em si foi... muito diferente do que tem sido.
Dos 22 quilómetros previstos para a parte da tarde fizemos apenas 6 e, destes, apenas 2 em terra.
Bem, terra?
Terra não, lama. Laminha!
Isto, se não era mesmo massa-consistente, de tão escorregadia que estava!
;-)))

Tínhamos acabado de sair do asfalto e este era o aspecto "da coisa".
Da única fotografia que tirei durante o passeio propriamente dito dá para constatar o imenso trânsito que se fazia sentir àquela hora pela Serra de Rates acima.
;-))



Foram pouco mais de 1000 m, mas uns mil de grande esforço.
Demoramos 3 horas para os completar.
Nestes 6 anos que levo de Todo-o Terreno de carro, nunca tinha acontecido tal.
Não que fosse "por-aí-fora" de difícil, mas a noite e a chuva ajudaram fortemente a impedir o "avanço das tropas".

Depois de um certo "retardanço", justificado pela intempérie, lá veio ao de cima uma das características de topo deste grupo: a entreajuda.
E sem ela teria sido completamente impossível completar o passeio.
Muitos foram os carros que ficaram atascados, a subir, com as quatro rodas a rodar mas sem sair do sítio.
E há que empurrar.
Uns «Ou-Ops», e tá a andar!

Fica aqui mais um pequeno slide-show de todas as fotos que tirei neste dia.
Há alturas que digo que tirei poucas fotos (quando costumam "apenas" rondar as 100), mas desta vez são mesmo poucas.
Apenas 14.



Este vai ficar com certeza na memória!!

Mas a laminha, enquanto não secou por completo, já saiu da carroçaria.
Uns "meros 30 quilitos" de lama de Rates que foram pelo dreno da Baleia Branca...
:-)))



Sim, o Pinin safou-se bem!
Em grande. À Pinin!
:-)))