05 fevereiro 2017

Em dia de tempestade e alertas laranjas...

... há que sair à rua.

Como há quase um ano, novo adiamento da caminhada marcada com um pequeno grupo de amigos, devido às intempéries...
Desta vez seria "lá para cima", na serra da Cabreira, mas o mau tempo levou-nos a deixar para mais logo.

Mas também, como no ano passado, a mochila estava pronta e o impermeável já vestido...
A dúvida surgia: dar uma "voltinha"? Se sim, por onde?...
Para não variar, decisão em cima da hora. Destino: Porto.




Quando saí de casa o tempo ainda se segurava. Não chovia e nem havia muito vento.
Mas nada que durasse muito...
Em Perafita, a cerca de 500 m do mar, o rugido que as ondas e o vento faziam era brutal!
E a intenção era mesmo fazer o trilho sempre junto ao mar...
O passadiço entre o Cabo do Mundo e o farol de Leça, que costuma ser muito frequentado ao fim-de-semana, estava deserto. Não admirava!




E se já não era fácil caminhar com vento forte a soprar de sul, de frente, pior ficou quando começou a chover.
Fazer o "calçadão" entre o farol e a marina de Leça não foi pêra doce!...
Ainda que as abas largas do chapéu protegessem alguma coisa, levar com as pingas da chuva e respingos das ondas do mar na cara nunca é agradável.



Mas mau, mau, estava em Matosinhos.
Tempo bom (será?...) estava apenas para os kitesurfistas que por ali andavam.
Será que eles usam óculos? É que levar constantemente com água projectada em "excesso de velocidade" impede praticamente a visão. Para eles e para mim.
Fugi daquele passeio, completamente cheio de areia, e rumei um pouco para o interior. Um desvio que me fez atravessar o parque da cidade.




Na foz do Douro não estava melhor, mas era um ponto que queria espreitar.
Afinal, dois dias antes fizeram-se por ali centenas de fotos, das ondas a chocar contra os pontões e os faróis da barra.
No entanto, a maré, vazia, não permitia tal espectacularidade.
Fiquei-me pela distância permitida pelas muitas fitas colocadas pela Protecção Civil, mas tão pouco respeitadas. Eram várias as pessoas que as tinham atravessado e estavam mesmo junto ao molhe.
Nem com todos os avisos... não percebo...


O vento por ali mantinha-se tão forte que mais uma vez resolvi afastar-me um pouco da costa.
Acho que foi a primeira vez que atravessei o jardim do Passeio Alegre.

Nota (muito) negativa para a sola das minhas botas. Demasiado escorregadia. Se em piso empedrado (paralelo) molhado não é fácil caminhar, porque vão sempre a escorregar, no piso macio e musgoso do jardim estive por duas vezes a cair, tal os slides que fiz.
Ainda estou para ver como se comportam no monte... mas não estou nada confiante.



Sem mais alternativas de "interior", havia que voltar à marginal.
No entanto, agora o caminhar era facilitado com a direcção do vento, que vinha do mar, empurrando-me "por ali acima".
Já sem água a bater nos olhos, comecei a disparar mais vezes... ;)


A disparar mais vezes e até a desviar-me do caminho só para fazer uma fotografia, como a seguinte, junto do antigo farol/capela de São Miguel-O-Anjo que, segundo placa de informação no local, é "o mais antigo farol existente em Portugal, construído em 1527".


Já fiz este percurso por diversas vezes, mas não consigo deixar de o registar.
Alguns pormenores, alguns mais vistos, outros menos, como uma ilha cheia de gaivotas em descanso.



Como a ideia era voltar para casa de comboio, resolvi desviar em Massarelos, subindo a rua da Restauração. Já a tinha subido de carro e de bicicleta, mas nunca a pé.
Continua puxadinha! ;)


A chegar ao destino, 5 horas e cerca de 30 km depois.
Segundo o Endomondo, 30,97 km, segundo o Sports-tracker, 29,58 km.
Em que é que ficamos? No que contou mais, naturalmente! ;)
Não percebo tal disparidade, principalmente ao olhar para os tracks registados, que aparentemente não diferem muito...
Um desvio de quase 1,5 km em apenas 30... parece-me demasiado.
Só recentemente instalei os dois. Vou começar a testá-los e compará-los.



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