No sexto dia por terras africanas não acordamos tão cedo como nos anteriores.
O dia anterior tinha sido longo, sempre em viagem, e este não ia ser "pior".
Ainda assim, às 9 da matina lá estávamos nós a sair para tomar o pequeno almoço no restaurante do antigo, mas ainda muito interessante e confortável, Grande Hotel da Huíla.
Há que pegar no batente!
O objectivo do dia era visitar Namibe, a cerca de 180 km de Lubango.
A distância não era muita, mas sabíamos dos muitos motivos de interesse pelo caminho, daí não termos feito uma grande volta diurna de reconhecimento à cidade.
A imagem seguinte é da praça principal, onde se localizam alguns dos edifícios mais importantes, como o do governo provincial da Huíla, com um "monumento à bola" mesmo em frente.
Ainda antes de arrancarmos em direcção à costa fizemos uma paragem num mercado tradicional da cidade.
Não entrei.
Fiquei no carro a aproveitar para registar mais umas cenas coloridas...
Não estava à espera era de tanta "cor"!...
A rapariga da fotografia seguinte, que estava sentada no grupo de vendedoras da imagem anterior, veio imediatamente ter comigo quando percebeu que eu tinha "disparado" contra ela.
Veio pedir dinheiro.
Depois de alguma negociação, pela primeira vez, e única até agora, "paguei a uma modelo" para fazer uma fotografia.
Quarenta cêntimos bem gastos. Digo eu! ;-)
Cidade pacata, colorida e que gosta de futebol, esta Lubango.
Aos pés de mais um importante monumento da antiga Sá de Bandeira - o da Sra. da Serra, a João de Almeida, antigo governador da província da Huíla, há cem anos - mais uma das "bolas de futebol" que ainda se mantêm por lá, depois do CAN 2010.
Estando Lubango já na chamada região dos planaltos, a cerca de 1750 m de altitude, o caminho de Namibe obriga a subir ainda mais, logo à saída da cidade.
Estes primeiros quilómetros foram feitos numa escalada a passo de caracol, atrás de fumarentos camiões carregados...
Toda esta região é conhecida pela sua enorme produtividade agrícola.
A criação da localidade, aliás de toda a região da Huíla, pelos portugueses, teve precisamente o objectivo de aproveitar a sua riqueza agrícola. É curioso, mas antes de começar a ser colonizada pelos portugueses - madeirenses, principalmente - não havia praticamente habitantes nestas região.
A criação da localidade, aliás de toda a região da Huíla, pelos portugueses, teve precisamente o objectivo de aproveitar a sua riqueza agrícola. É curioso, mas antes de começar a ser colonizada pelos portugueses - madeirenses, principalmente - não havia praticamente habitantes nestas região.
Os censos de 1901, ano em que é criada a vila de Sá de Bandeira, registaram "1575 habitantes no Lubango, sendo 1248 da raça branca". Curioso, não?
Segundo a informação mais recente que consegui recolher, o município de Lubango tem actualmente quase milhão e meio de habitantes, que continuam a ser, a maior parte deles, agricultores ou que vivem de alguma forma da terra.
O dia ainda vai ser longo...
Para já, fico-me por mais uma curiosidade: um autocarro (Toyota, é claro!) equipado com snorkel.
Não é, com certeza, nestas estradas de asfalto que ele faz falta...
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