Na realidade, de Lobito, Catumbela fica "logo ali".
Até sei que há muito pouco tempo, antes dos novos acessos, não era bem assim. Mas agora é.
Não se distingue nenhuma fronteira, e os morros, que limitam as terras baixas, junto ao mangal, e o interior do território, são um contínuo correr de casas e casinhas - de musseque, como por lá se chamam.
Ainda assim, estes bairros pobres já aparentam ter umas condições bastante razoáveis: têm energia eléctrica e, de noite, iluminação pública.
E têm instalações desportivas: de reparar no jogo de futebol, disputado no pelado, mesmo ao lado de um relvado ;-))
Cantão nº 1 - 1946
A 26 km de Benguela, uma das muitas casas de cantoneiros abandonadas.
À semelhança daquilo que também se passa em Portugal, deixaram de haver cantoneiros dispersos pelo país.
A actual cultura está em concentrar para melhorar, ou acabar, com os serviços.
Eu aposto que o acabar vai ganhar!...
Muito movimento e muita cor.
Não paramos para apreciar, mas deu-me a ideia que os produtos mais transacionados aqui são os alimentares.
Muito perto da feira, num largo junto à estrada, há um "museu" ao ar livre.
Comboios e material rolante, bem ferrugento, aparentemente já do início do século passado.
Registo histórico da importância que a linha férrea sempre teve neste canto do país.
Catumbela é também nome de rio.
O Catumbela é relativamente curto, para as dimensões do país, com apenas 240 km, mas percorre uma paisagem montanhosa muito abrupta.
É atravessado por uma nova ponte, a 4 de Abril, inaugurada em Setembro de 2009, construída por um consórcio português, Soares da Costa/Mota-Engil.
Bem bonita, por sinal, dá um ar de modernidade à localidade!
Mais uma escola, esta mais ao estilo português dos antigamentes, embora nada parecida com as nossas quadradonas Salazaristas.
Se a escola que registei em Lobito não tinha paredes, esta têm-nas. Mas não tem porteiros...
As crianças circulam livre e alegremente pelas ruas.
As mais pequenas, e isto é geral em todo o país, vão para a escola com as suas próprias cadeiras de plástico às costas.
Curioso, no mínimo!...
Se a escola que registei em Lobito não tinha paredes, esta têm-nas. Mas não tem porteiros...
As crianças circulam livre e alegremente pelas ruas.
As mais pequenas, e isto é geral em todo o país, vão para a escola com as suas próprias cadeiras de plástico às costas.
Curioso, no mínimo!...
Estádio Nacional de Ombaka: um dos novos estádios desportivos, construídos para o CAN, Campeonato Africano das Nações... de futebol, claro!, que decorreu no início deste 2010.
No entanto, e pelos vistos, por Angola os novos estádios estão como em Portugal: às moscas.
Bom, às moscas talvez não!...
Se em Portugal o estádio do Algarve está a ser usado para prólogos de ralis, o de Leiria está na perspectiva de ser demolido, o de Aveiro aspas-aspas... por Angola servem para o universo religioso da igreja pouco católica, que é a "equipa" que tem mais adeptos!!
Mas que é giro, é!
A entrada em Benguela faz-se por uma zona muito industrial, como aliás também o é a periferia de Lobito.
O primeiro prédio digno de registo, por ser alto e visível à distância, é o hotel Mombaka, ou M'Ombaka (o que está nas terras de Ombaka).
Este é o hotel de referência de Benguela (acabei de ver a quantidade de comentários bem positivos ao mesmo).
No entanto, o meu registo fotográfico tem um enquadramento que, se puramente fortuito (pois é uma foto feita de dentro do carro, em andamento), não consigo deixar de o achar curioso: um hotel de 4 estrelas, um carro de luxo (Range Rover todo equipado), um casebre e um monte de entulho.
Uma cena que corresponde perfeitamente à imagem da Angola actual. Não se consegue separar as duas vertentes.
Benguela é muito bonita.
Bonita e descontraída. Tão descontraída que se vê pessoas simplesmente a passear na rua à noite, o que não deixa de ser curioso, depois de conhecer Luanda...
Há pessoas a passear, mas principalmente pessoas brancas.
Pareceu-me, e não devo estar enganado, a cidade mais "branca" de Angola.
De dia, vê-se também pessoas a cruzar as belas e largas praças, em ritmo de passeio ou em passo apressado, por exemplo a caminho da escola.
Bonitas também estas miúdas, de farda branca.
E para finalizar por hoje, paro à entrada de uma zona menos aconselhável ou recomendável.
Mas ali perto, HA 100 METROS, há mais uma igreja universal.
Não faltam em parte nenhuma, quase como as lojas de informática.
Estão universalizadas!
;-)
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