Uma das actividades mais significativas do dia foi a exploração da antiga e actual actividade vulcânica da ilha Terceira.
Depois de termos circum-acelerado meia ilha, novamente até à freguesia de Biscoitos, viramos para sul, para o interior.
Como no dia anterior, voltamos a piquenicar, desta vez junto à Lagoa do Negro. É um sítio agradável mas um pouco ventoso, pelo menos na altura.
A Lagoa ficava (nada coincidentemente ;-) mesmo em frente à Gruta do Natal.
A gruta é composta por túneis escavados pela própria lava em ebulição, ao escorrer.
É muito interessante andar no seu interior, muito bem organizado e iluminado, para turista ver. Apresenta uma série de formações diferentes, nas diversas galerias, sempre bem legendadas no próprio local.
A origem do seu nome também é curiosa. Praticamente desde que a gruta foi descoberta, pelos montanheiros da Terceira, iniciaram um evento que se mantém até hoje: uma missa, na época natalícia, bem no interior da gruta.
Para registo, aqui ficam duas fotos dos verdadeiros espeleólogos! :-)
Incluído no programa de festas, e no bilhete (assim ficava mais barato), estava ainda a visita ao Algar do Carvão.
Esta gruta fica bem no centro na ilha e é, para mim, um dos locais imperdíveis na visita à Terceira.
Por fora é "apenas" mais um vulcão, coberto por uma espécie de arbusto bem verde e luxuriante.
Mas é no interior que se revela a verdadeira beleza do local.
Segundo nos informaram, este é o único vulcão do género, em que toda a chaminé ficou intacta depois do vulcão se extinguir, que é visitável em todo o mundo.
O resultado foi uma caverna enorme, de mais de 100 m de profundidade, apenas com uma pequena entrada no topo, com cerca de 10 m de diâmetro, mas que está praticamente coberta de vegetação.
A escala da "coisa" é absolutamente fora do vulgar. Se na gruta anterior tivemos que andar agachados em alguns sítios, aqui fica-se extasiado com o gigantismo.
A dificuldade está apenas em conseguir transmitir fotograficamente a sua beleza.
Depois de ver os resultados, até fiquei a achar que não correu mal de todo.
Sendo um pouco mauzinho, gostei de ver a cara espantada de muitas pessoas que fotografavam a gruta com a sua pequena compacta e que diziam:
"- Mas só aparece preto!"
Porque seria? :-)
Aqui fica uma colecção de fotos que, por uma razão ou por outra me agradaram bastante. Se calhar pela lembrança do local, que é daqueles que só estando lá se percebe a sua verdadeira beleza.
De volta à superfície e ao ar respirável!
O ambiente lá dentro, ao fim de algum tempo começa a cansar. Primeiro, é abafado e, naturalmente, meio escuro. Depois, "chove", pois os tectos estão permanentemente a verter água e, finalmente... a subida dos tais 100 m (pois fomos mesmo até ao fundo), por pequenas escadas e com um miúdo de dois anos nos braços... cansa!
Mesmo assim, vale muito a pena o esforço.
Mas o pior foi chegar ao carro e verificar que... tínhamos um pneu furado e ... não tínhamos ferramentas, nem macaco para o trocar. Nem triângulo. Ah, e nem colete.
E nem sequer era o pneu que estava completamente careca em metade do piso que, segundo o tipo da agência de aluguer, estava perfeitamente legal, pois o carro tinha feito a inspecção periódica há... apenas ano e meio! :-O
Este foi o maior problema que tive nos Açores: uma discussão perfeitamente surreal com o tipo da agência Via Livre, além de ter perdido 3 horas à espera para que me trocassem o carro, um Mitsubishi SpaceStar com a direcção desalinhada, por um bem mais aconchegadinho Citroen C3...
Enfim, nem tudo pode ser bom!
Cá estávamos nós novamente a rolar, bem no meio dos prados e vacas açoreanas ;-)
Para finalizar a nossa visita às actividades vulcânicas, mas não o dia, fomos ainda às Furnas do Enxofre.
Este é mais um local onde aparecem umas fumarolas a... fumar, não tabaco mas enxofre ;-)
O cheiro não é lá muito agradável, tenho de admitir, mas as cores produzidas pela saída daqueles vapores quentes e saturados transformam a paisagem.
Fica muito bonito!
(um comentário muito científico, não é? ;-)
Estando a terminar este post no dia das eleições nos Açores, não quero deixar de deixar (grande figura de estilo, esta!) um voto (nas eleições, um voto...) de... boa escolha!
Se possível...
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