Já não ia à Ericeira há mais de 10 anos...
Uma década onde a tecnologia digital de imagem elevou-se a um patamar inimaginável.
Fui buscar as fotografias feitas em 2004 e quase que ficava chocado: imagens com uma resolução baixíssima, enorme quantidade de ruído e, ainda que a lente da máquina até fosse jeitosa (da
Sony DCR-TRV330E) a luz obtida era, também, diminuta.
Na altura não pareciam tão mal...
Mas é precisamente aqui que entra a luz, ainda que à sombra.
Ericeira, Costa da Luz e Praia das Crianças.
Na manhã de domingo, 6 de Dezembro, eu e o Daniel, que nos tínhamos deslocado à Ericeira para o passeio 4Vales - Magnum Opus, organizado pelo Fórum TT, resolvemos pegar nas nossas Nikon e, ainda antes do pequeno almoço, fazer um pequeno
photo tour pelas praias da Ericeira.
O resultado foi um conjunto de imagens muito "fresquinhas", condizentes com a temperatura que se fazia sentir.
Registos em vários tons de azul, com uns amarelos e laranjas ao longe, em fundo, fruto dos primeiros raios de sol do dia, incidentes sobre a neblina matinal.
E na praia já se pescava...
Mas se parecia que estar a pescar junto à água e ao constante bater das ondas, sempre a apanhar com pequenas gotículas geladas arrastadas pela brisa, já era mau o suficiente, eis que chega um grupo de surfistas.
Todos de cabelo oxigenado, de fato de neoprene vestido e.... brrrrr, há que se fazerem à água... brrrrr...
Para registo, aqui fica o
link para a câmara online, dirigida ao mundo do surf, onde é permanentemente observável o estado do mar da Ericeira.
Parecem rochas, mas três dos surfistas aparecem a meio da fotografia seguinte.
Ligeiramente mais a norte, a Praia dos Pescadores, mais conhecida pela sua baía, ideal para uns bons banhos de mar e de sol, mas também pela partida para o exílio do último rei de Portugal, Dom Manuel II, há já mais de 100 anos...
Neste domingo, um dos últimos dias outonais de 2015, a calma reinava. Poucas eram as pessoas que por ali vagueavam a esta hora.
A volta ao hotel foi feita pelo interior da pequena vila.
Também por aqui as ruas se mantinham quase desertas, ambiente que contrastava com o buliço típico do verão, quando estão normalmente repletas de turistas.
Mas o que enchia mesmo estas ruas era a luz, baixa mas intensa, que se reflectia nas paredes brancas, debruadas a azul ou a amarelo, da maioria das casas.